A volta às aulas presenciais, prevista para 3 de agosto, não deve ocorrer em Joinville se o cenário em 27 de julho for semelhante ao atual em relação à pandemia do novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde de Joinville, Jean Rodrigues da Silva, e pela secretária de Educação, Sônia Fachini, à reportagem do jornal A Notícia. A data era prevista pelo Governo do Estado em portaria publicada em 29 de junho.
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Esta decisão será oficializada em duas semanas, dependendo da situação de contágio e de internações na cidade que, atualmente, é a que registra maior número de pacientes ativos com coronavírus e de mortes pela doença em Santa Catarina.
São duas condições que inviabilizam o retorno das aulas para o próximo mês: a situação sanitária ocasionada pela pandemia do novo coronavírus e as consequências do ciclone que atingiu o município no dia 30 de junho.
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Sônia Fachini explica que a matriz de risco é analisada semanalmente por um comitê constituido por 15 instituições catarinenses e, segundo a Secretaria da Saúde de Joinville, a situação atual é crítica para o retorno às aulas.
— Não há condições neste momento. Não tem cenáro para se voltar à atividade — reforça Sônia.
Segundo ela, a Secretaria prevê o retorno escalonado, dando preferência aos alunos das séries finais. Isso porque é mais fácil de adaptar e manter os protocolos de segurança entre os alunos com mais de 14 anos.
— Estudamos os protocolos semanalmente e entendemos que o retorno deve acontecer no momento oportuno — destaca.
As secretarias da Saúde e da Educação desenham, junto a outras instituições de Santa Catarina, o melhor momento para a retomada. O secretário de Saúde informou que participará de uma reunião com a secretária de Educação nesta terça-feira (14) para finalizar o protocolo com as medidas de prevenção que serão seguidas pelas escolas.
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Consequências do ciclone contribui para o atraso
Além da questão sanitária, diversas escolas e instituições sofreram com o vendaval registrado no Estado no início do mês. Só em Joinville, 19 escolas ficaram danificados. Conforme a secretária, além das perdas, as unidades precisam se readequar para conseguir receber os alunos no momento do retorno. No entanto, a previsão não é que a situação se estabilize até agosto.
— É importante que os pais entendam que estamos cuidado das vidas. Temos que ter garantia da saúde, olhando para a vida dos estudantes, servidores e dos próprios pais — pontua Sônia.