Nesta segunda-feira (8), estudantes da rede municipal e a maioria da rede privada de ensino voltarão às aulas em Blumenau. Depois de quase um ano sem atividades presenciais, as unidades se preparam para receber as crianças e adolescentes em plena pandemia do coronavírus. As escolas estaduais retornam 10 dias depois, na quinta-feira (18). 

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Todos os 124 Centros de Educação Infantil (CEI) e escolas administrados pelo município abrirão as portas. Dos mais de 36 mil estudantes da rede municipal de ensino, 67,2% frequentarão as unidades e 32,8% permanecem em atividades não presenciais, de acordo com uma pesquisa feita com os pais.

Os responsáveis, porém, podem mudar de ideia e passar a enviar os pequenos às escolas (ou o contrário, voltar ao sistema remoto). A única exigência é que o termo solicitando a alteração seja assinado a cada 15 dias. A direção então terá uma semana para se adequar e receber o aluno. 

Não há perda de vaga ou horário para quem optar em manter os filhos em casa. 

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Os professores que pertencem aos grupos de risco continuarão em home office. A prefeitura contratou 24 profissionais para substitui-los presencialmente. Há outros 47 tutores que devem ser chamados para reforçar as equipes. 

O transporte coletivo e transporte escolar circularão normalmente. A Seterb anunciou que novos horários foram criados para atender a demanda. As primeiras semanas serão de adaptação, já que ainda não se sabe o real impacto que a volta às aulas causará nos ônibus. 

“É um novo recomeço”

Para estabelecer as regras do retorno durante a pandemia, o governo Estado criou o Plano Estadual de Contingência para a Educação (PlanCon), que serviu de base para Blumenau elaborar o próprio documento, assim como cada escola, como explicou a secretária municipal de Educação, Patrícia Lueders. 

— É um novo recomeço. Não existe fórmula pronta e exata, não há comprovação científica do que deu ou não deu certo — disse. 

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Informações importantes para o retorno

– Uso obrigatório de máscara por crianças (exceto as menores de dois anos) e adolescentes durante a permanência na escola e higienização constante das mãos.

– Se a criança estiver febril não deve ser levada à unidade.

– Pais devem deixar os filhos no portão da escola. Não será permitida a entrada na instituição. 

– Sempre ao chegar, a criança ou adolescente terão a temperatura aferida. 

– Deve-se levar garrafa de água, pois os bebedouros (que exigem a aproximação da boca) estarão desligados. 

– Os recreios ocorrerão, mas com algumas diferenças. Há unidades que dividirão o intervalo em vários horários e outras que farão a pausa dentro da sala. A merenda será servida.

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> Dois em cada três alunos da rede pública de Blumenau vão retornar às escolas na volta às aulas

– Se alguma criança for identificada com sintomas gripais ela será levada a uma sala e a Vigilância Sanitária será chamada para avaliar o caso. Dependendo da análise, colegas que tiveram contato ou até a turma inteira podem ter de fazer o isolamento domiciliar por precaução. 

– O currículo escolar é o mesmo para quem estiver em casa ou na escola. A diferença é que a didática não será, já que profissionais da secretaria de Educação alimentarão a plataforma enquanto o professor organizará a aula presencial. 

– Enquanto estiver no risco grave para o coronavírus, Blumenau não precisa limitar o número de estudantes em sala, mas precisa respeitar o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as carteiras. Se voltar para o nível mais elevado, o gravíssimo, a quantidade de alunos não pode passar de 50% da capacidade. 

– Se houver descumprimento das normas saniárias dentro da escola, denúncias podem ser feitas na ouvidoria da prefeitura pelo 156, ramal 2. 

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Turmas divididas em grupos

Nos CEIs, apenas 11% das unidades conseguirão receber turmas inteiras semanalmente. Em 48% das creches elas foram divididas em duas, em 32% em três e 9% em quatro. Nas escolas, 25% conseguirão atender normalmente, 63% terão turmas divididas em dois grupos e 8% em três.

— Nas creches não tem como garantir o distanciamento dos mais pequenos, por isso o número será muito reduzido. Não haverá superlotação, não haverá um estudante a mais dentro da sala do que seja permitido — garantiu a secretária.