Com o retorno de mais de um milhão de estudantes em todo o Estado às salas de aula, entre segunda e terça-feira, os motoristas devem se preparar para mudar a rotina e sair mais cedo de casa. Na Grande Florianópolis, a união dos turistas, que ainda estão nas praias, com os mais de 130 mil estudantes da rede municipal e estadual deve alterar a mobilidade da região.

Continua depois da publicidade

A partir de terça-feira, a Guarda Municipal de Florianópolis retoma a ronda escolar com oito agentes e dois veículos. No cronograma estão 20 escolas municipais a serem monitoradas nos horários de entrada e saída dos estudantes. Uma das ações previstas, que não ocorre durante as férias dos estudantes, é a Operação Fim de Tarde. Com ela, todos os dias da semana, de segunda a sexta-feira, depois das 17h, 10 guardas municipais passam a monitorar o trânsito na cabeceira da Ponte Colombo Salles. A medida é utilizada para evitar que os motoristas furem filas piorando o congestionamento no sentido Ilha/Continente.

De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Ivan da Silva Couto, o retorno dos estudantes em fevereiro é considerado o período mais crítico para o trânsito da cidade. Segundo ele, o efetivo não recebe reforço e mesmo assim precisa dar conta das demandas nas praias e nas escolas ao mesmo tempo.

– Até o fim do mês o trabalho é bem complicado, por isso, pedimos a compreensão e a paciência dos motoristas até o fim da temporada.

Continua depois da publicidade

Nas escolas estaduais e particulares, a ronda escolar é de responsabilidade da Polícia Militar. Segundo o major Alessandro Marques, no Centro da Capital, 70% do efetivo é deslocado para tomar conta das escolas na entrada e saída dos alunos.

– Não temos local e horário fixo. Os policiais fazem a ronda onde há um número maior de estudantes e só permanecem o tempo todo em frente à instituição em casos onde, anteriormente, foram verificados problemas com a segurança – diz.

Nesta volta às aulas, até a Polícia Rodoviária Estadual participa das rondas escolares, como em escolas no Norte da Ilha que ficam à beira das rodovias SC-401 e SC-403. Além do trânsito, os pais devem se preocupar com a contratação do transporte escolar dos filhos e ficar atentos às condições de segurança dos veículos.

Continua depois da publicidade

Transporte escolar sob investigação

O Promotor de Justiça do Ministério Público Estadual (MP/SC), Eduardo Paladino, da comarca da Capital, instaurou em janeiro um inquérito civil para investigar irregularidades no núcleo de transporte da secretaria municipal de Florianópolis. A suspeita é de que haveria ilegalidades no processo de concessão do serviço.

O secretário de Transportes do munícipio, João Batista Nunes, diz que sempre respondeu aos questionamentos do MP e tem certeza de que não há nada de irregular. Hoje, há 150 empresas cadastradas. Todas elas precisam atender às exigências do município (veja quadro abaixo).

– Qualquer van ou micro-ônibus que realize o transporte de estudantes sem a documentação da secretaria é considerado clandestino. Os legais têm um faixa amarela e preta.

Continua depois da publicidade