WAGNER BELMONTE

Jornalista especializado em cobertura econômica e doutorando em comunicação na PUC-SP

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A indústria automobilística ajudou a modernizar a economia brasileira e deu nova feição à região metropolitana de São Paulo, sobretudo às cidades do ABC – Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. O processo começou com o aluguel de um armazém no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista, em 1953. De lá, sairiam os primeiros Fuscas, montados com peças importadas da Alemanha e apenas 12 empregados.

Quase 60 anos depois, São Bernardo do Campo viu sua população saltar de 60 mil pessoas em 1960 para quase 800 mil habitantes. A renda per capita de cerca de R$ 30 mil coloca o município entre os mais desenvolvidos do Estado.

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A trajetória da Volks ganhou impulso em 1956, com o início da construção da primeira fábrica na rodovia Anchieta. Além da Volks, São Bernardo também abriga, desde 1967, a unidade em operação mais antiga da Ford. Em São Caetano do Sul, está a General Motors. A construção da fábrica teve início em 1927 e, um ano depois, começaria a produção de veículos.

Para a professora de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Cristina Helena Pinto de Mello, a concentração de companhias do mesmo segmento em determinada área acentua o desenvolvimento da região como um todo.

– A existência de empresas com características semelhantes atrai novos investimentos. Para cada emprego direto criado pelas montadoras, pelo menos outros dois surgem no segmento de autopeças – afirma Cristina.

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