Rio Grande do Sul está fora da Superliga Masculina de Vôlei. No dia 7 de outubro, a Confederação Brasileira de Voleibol havia confirmado a exclusão do Estado ao anunciar os participantes da temporada 2011/2012. A Federação Gaúcha, no entanto, ainda tentou pleitear uma vaga em reunião que aconteceu no final da última semana, no Rio de Janeiro, com o presidente da Confederação, Ary Graça. Sem sucesso.
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Na temporada 2010/2011, o Estado foi representado pela Sogipa, que terminou a competição em 12º lugar. Como apenas os dez primeiros garantem vaga na próxima edição, o Rio Grande do Sul já não detinha mais a vaga. A esperança estava em um convite, que não veio, para o time montado pelo ex-jogador gaúcho e campeão olímpico pela seleção nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, Paulo André Jukoski da Silva, o Paulão, na Sogipa.
Conforme o presidente da Federação Gaúcha, Cláudio Coelho Braga, a questão envolveu fatores financeiros e políticos.
– Politicamente, o voleibol é quase igual ao futebol. Essa perda envolveu uma série de coisas. Fizeram uma seleção de equipes com maior patrocínio. Também, diminuíram o número de times porque no próximo ano tem Olimpíadas (em Londres) e a seleção precisa treinar mais – diz Braga, revelando que o número de participantes na próxima Superliga diminuiu de 18 para 12 clubes.
A vaga, que antes era da UCS, foi repassada para a Sogipa na temporada 2010/2011. Com o 12º lugar do clube de Porto Alegre, o Rio Grande do Sul – que tem quatro títulos da competição, uma com a Ginástica, de Novo Hamburgo, e três com a Ulbra, de Canoas – perdeu a vaga para times que apresentaram patrocínios e garantias melhores.
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– Para ser convidado, era preciso um patrocinador forte e garantias. Infelizmente, o nosso patrocínio não estava entre os maiores. Conversei com o presidente da CBV, Ary Graça, e ele ficou chateado pelo Rio Grande do Sul ficar de fora. Mas agiu dentro do regulamento – complementa, contando que o patrocínio do time gaúcho está na faixa de R$ 1,5 milhão, enquanto que os maiores giram entre R$ 6 e R$ 15 milhões.
– Depois que os jogadores da seleção voltaram a atuar no Brasil, a Superliga inflacionou – comenta Braga.
Esperança no acesso
O Rio Grande do Sul está fora da Superliga, mas reside na divisão de acesso a esperança de retorno à elite do vôlei nacional. Segundo Cláudio Braga, oito equipes devem ser convidadas para jogar, a partir de janeiro, uma espécie de Superliga B, que deve contar com oito equipes e levar duas delas para a divisão principal. Assim, dois times da Superliga seriam rebaixados anualmente para a série.
– Avalio essa liga como algo muito positivo. Assim, o Rio Grande do Sul pode jogar mais tranquilo uma competição que deve durar entre quatro e cinco meses. Essa liga também deve ter transmissão televisiva, o que é muito bom para os clubes – avalia Braga.
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Confira os times da Superliga Masculina de Vôlei na temporada 2011/2012:
São Paulo:
BMG/São Bernardo
Sesi-SP
Vôlei Futuro
Medley/Campinaso
Minas Gerais:
Vivo/Minas
BMG/Montes Claros
Sada Cruzeiro
UFJF
Rio de Janeiro:
Volta Redonda
RJX
Santa Catarina:
Cimed/SKY
Paraná:
Londrina/Sercomtel/Martminas