História. No dicionário, a palavra significa sucessão de acontecimentos ou fatos que caracterizam uma ação. Na noite desta quinta-feira, o time do vôlei masculino de Blumenau entrou na quadra do ginásio Sebastião Cruz, o Galegão, para escrever um dos mais importantes e felizes capítulos da sua caminhada.
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Foi um jogo cheio de tensão, aflição e muita garra. A equipe da Apan Blumenau buscou a vaga para a elite do vôlei nacional ponto a ponto. Começou perdendo o primeiro set de 20/25. Logo depois, deu o troco e buscou o empate no segundo set, que fechou em 25/20.
O torcedor queria o acesso o quanto antes. Os mais otimistas, que afirmavam que o time do Anápolis seria ignorado em quadra, estavam enganados. A equipe visitante foi para cima e quase encaminhou a vitória quando venceu um terceiro set interminável por 29/31.
O nervosismo havia tomado conta do time da casa, que jogou para um público recorde nessa impecável campanha de 2019 na Superliga B. 3 062 pessoas confirmaram presença para acompanhar de pertinho o time vencer a segunda partida da série de três e voltar a fazer história.
O quarto set começou com muita incerteza. A torcida já não entoava mais os cantos de apoio ao time como antes. O adversário parecia ter conseguido estragar a festa do time de Blumenau.
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No meio da disputa, os donos da casa mostraram que estavam mais preparados e quem mandava no jogo. Chegou a abrir mais de seis pontos de vantagem no fim do set. Ponto por ponto foi escalando uma montanha de emoções até conseguir cravar no placar: 25-22.
O tie-break começou pegado, com o Anápolis iniciando a contagem. Mas até que o levantador Felipe foi para o serviço e fez quatro pontos em seguida. Ufa! Um fôlego mais do que necessário na hora mais importante do jogo. Ponto a ponto, com muita garra e vontade de vencer, os blumenauenses chegaram no match point. Uma bola dividia a equipa do tão sonhado retorno.
No bate-rebate, a bola é levantada e o ponta Lucaian bota ela no chão para explodir o ginásio e fazer 15/11. Blumenau classificado. O jogo que até ali era de tensão e nervosismo se transformou em redenção. Lágrimas e gritos de euforia deixaram no passado os oitos anos longe da Supeliga A e a frustração do ano anterior quando a classificação bateu na fita, mas não passou.
O que aconteceu na noite desta quinta-feira no Galegão foi história. A história de um time que teve talvez mais baixos do que altos, mas que nunca deixou de sonhar com o seu espaço na elite. Uma história cheia de personagens. Talvez um conto de ação, de suspense ou até mesmo aventura.
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O técnico André Donega é um dos personagens da trama. Quando perguntado sobre como ele define o time da Apan Blumenau em apenas uma palavra. A resposta já vem sem precisar pensar duas vezes:
– Paixão. A equipe da Apan é paixão – afirma o treinador. Quem sabe ele está certo mesmo. O time do vôlei de Blumenau pode ser definido assim: uma história de paixão.