World Music ou música universal não é necessariamente uma nova categoria musical – o termo foi concebido nos anos 1960 e ganhou projeção a partir dos anos 1980 (Peter Gabriel é um dos maiores representantes). Mas recentemente vem ocupando um espaço considerável na música contemporânea e principalmente na música instrumental catarinense.

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É o resultado de intensos intercâmbios entre povos do mundo, entre seus artistas e seus movimentos populares.

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– Como a globalização tornou fácil a aproximação entre as pessoas, a comunicação é maior e o que ocorre num lado do mundo influencia mais diretamente as pessoas. É bom que se fale muitas línguas. Acredito que a música do futuro é a união de tudo – afirma Alegre Corrêa, multi-instrumentista que já ganhou um Grammy e é também um representante da World Music em Santa Catarina.

Para o produtor musical do Acústico Brognoli, Nani Lobo, o termo abrange tantas culturas que é quase impossível abranger todas elas num único show.

– O espetáculo como foi concebido traz essa mistura reverenciada pelos músicos locais e Florianópolis hoje é uma referência em música instrumental no Brasil – diz o produtor.

Ele se refere à Escola de Música Instrumental do Sul do Brasil, que não é necessariamente uma instituição, mas um patrimônio imaterial que vem sendo erguido e engrandecido por músicos com longa trajetória, como Guinha Ramires, Alegre Corrêa, Renato Borghetti, todos convidados desta edição. Instrumentistas com DNA sulista, mas influenciados pelos sons do mundo.

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– A evolução veio por si mesmo, a música evoluiu. E a mistura está tão grande… Não é samba, não é rap, não é jazz. O que é que é? Você pode dar o nome que quiser – conclui o músico Guinha Ramires.