Você sabe a diferença entre climatério e menopausa?

Chega aquele momento em que a produção de hormônios diminui drasticamente no corpo das mulheres e sintomas como calorão e oscilação de humor surgem. Saiba que o nome disso não é menopausa. O termo correto é climatério.

– A menopausa é o nome da fase quando as mulheres param de menstruar. Antes disso, há outras fases. A menopausa é o ápice do climatério – diz a ginecologista Adriana Arent.

Em geral, o ciclo menstrual normal é de 25 a 35 dias. Na primeira fase do climatério, que acontece perto dos 40 anos, o ciclo menstrual reduz, mas fica mais abundante. Na segunda fase, por volta dos 50, o ciclo fica mais longo, mais ralos e sintomas como o calorão e irritabilidade aumentam.

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– O climatério marca o momento em que as mulheres perdem massa óssea, estrogênios e ganham mais massa gorda. O problema é que só passamos a dar atenção a esse momento da vida quando os sintomas começam a aparecer. Manter uma vida saudável, fazer exercícios e não fumar quando jovem traz resultados significativos quando chegamos aos 40 e 50 anos – destaca a especialista.

O responsável por todas as mudanças é o estrógeno. Aliás, a falta de estrógeno. Esse hormônio é produzido pelo óvulo e é responsável por modular o endométrio. Na falta dele, sentimos um calor não comum às outras pessoas e perdemos massa óssea. Por isso, nessa fase, o risco de osteoporose é maior.

– As pessoas associam a reposição hormonal com aumento das chances de ter câncer, principalmente de mama. Porém, obesidade e maus hábitos alimentares trazem riscos muito maiores do que uso contínuo de hormônios durante quatro anos – conta Arent.

A ginecologista divide em três fases importantes para as mulheres: a primeira é o climatério, a segunda é a menopausa e, por fim, a pós-menopausa. Para que não haja dúvidas: a menopausa marca a última menstruação.

– No climatério, quando chegamos ao ciclo maior, ele vai aumentando cada vez mais ao longo do tempo. A menopausa só se confirma se a mulher passa mais de um ano sem menstruar. É na pós-menopausa que a reposição hormonal é indicada, com algumas exceções.

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A ginecologista explica como o corpo das mulheres se comporta em diferentes períodos:

– Aos 30: Cuidar da vida sexual, manter o peso e bons hábitos alimentares trazem resultados significativos quando inicia o climatério. O corpo começa o processo de envelhecimento nessa fase.

– Aos 40: As mulheres precisam saber que, assim como os homens, podem pensar em melhorar a vida sexual. Prevenção também é fundamental nesse período, uma vez que aumentou muito os casos de doenças sexualmente transmissíveis em mulheres com mais de 40 anos.

– Aos 50: É hora de ficar ainda mais atenta aos câncer de mama. Exercícios de alongamento e reposição hormonal melhoram a qualidade de vida.

– Aos 60: Para a ginecologista, nessa idade já não é mais preciso tomar suplemento hormonal. A atividade física adequada faz com que a mulher se sinta ativa e contribui também para a saúde mental.