Quando chegamos do mar e avistamos Itajaí, a primeira imagem que se forma no horizonte são as morrarias da Atalaia e da Ressacada. Elas são um patrimônio de todos itajaienses, onde a natureza ainda está preservada e onde vivem diversas espécies nativas que encontram ali o último refúgio próximo da área urbanizada de nossa cidade.

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Mas também, quando vemos Itajaí do mar, nos deparamos com os inúmeros prédios que surgiram nos últimos cinco anos, resultado do crescimento da cidade e da fuga de áreas com risco de enchentes. A maioria das construções está localizada em áreas totalmente urbanizadas, ou seja, mudam a paisagem da cidade mas degradam pouco o meio ambiente. Mas será que esses dois elementos da paisagem, morrarias e construções, podem conviver sem conflitos? Isso é possível.

A proximidade de construções da natureza intacta agride não só a fauna e flora, mas agride a todos nós itajaienses que amamos nossa cidade. Itajaí possui poucas praças e áreas verdes urbanas, assim, Atalaia e Ressacada se configuram como nosso último e grande patrimônio natural. Todos nós, prefeitura, empresas construtoras, universidade e cidadãos temos o dever de preservar essa área verde.

No dia 7 de maio, a Secretaria de Obras e funcionários de uma construtora degradaram uma importante área verde de nossa cidade, o terreno da família Krobel, que se localiza no final da Rua Cecília Brandão, atrás do Morro da Cruz, destruindo a mata nativa, a mata ciliar, mudando o curso do rio e ameaçando a bica d’água tão conhecida por nós, especialmente nas enchentes. A Famai agiu rapidamente, autuando a secretaria e a construtora. Entretanto, a recuperação da área degradada não foi realizada até hoje.

Esse terreno é uma fronteira entre o urbano e o natural. Protegê-lo é respeitar a cidade, o povo de Itajaí. Por outro lado, a prefeitura e a construtora podem dar um passo decisivo para preservar esse patrimônio natural. Os moradores desta região da Fazenda sugeriram que o município desaproprie a área e a casa existente no terreno se torne a sede da Famai e um Centro de Estudos e Educação Ambiental, deixando a atual gestão na história de nossa cidade.

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A construtora pode facilitar esse processo e se tornar a única que conhece o significado da palavra Marketing Ambiental, vinculando sua marca a uma imagem ecologicamente consciente, que não será apagada das mentes dos itajaienses. Proteger a natureza é progresso, é querer uma Itajaí bonita, boa para viver e com qualidade de vida. Você gosta de Itajaí?