Parte fundamental no controle dos níveis de colesterol é manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios, mas nem sempre esse esforço é suficiente.

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Em entrevista publicada no The Economist Times, o médico indiano Sudhir Kumar comentou o caso de um paciente de 74 anos que ilustra bem essa situação.

O idoso mantém disciplina na rotina, mas há anos apresenta alterações nos níveis de gordura no sangue, levantando a dúvida se apenas os cuidados diários bastam ou se a medicação é necessária para corrigir os valores.

Um exemplo de disciplina

O paciente, de 74 anos, sem diabetes, hipertensão ou histórico familiar de doenças do coração, segue orientações de saúde há muito tempo.

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Ele se mantém fisicamente ativo, controla o peso, não consome álcool nem cigarro. Mesmo assim, convive há mais de dez anos com taxas de colesterol acima do recomendado.

Seus exames apontam colesterol total de 219 mg/dL, LDL em 159 mg/dL, triglicérides em 319 mg/dL e HDL em 32 mg/dL, todos fora da faixa considerada ideal, apesar do estilo de vida saudável.

Quando só o estilo de vida não é suficiente

De acordo com o especialista, hábitos saudáveis são indispensáveis, mas em alguns casos não conseguem normalizar o perfil lipídico. A dúvida que surge é: continuar apenas com os cuidados diários ou incluir medicamentos para diminuir os riscos que aumentam com a idade?

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Segundo Kumar, quando colesterol e triglicérides permanecem elevados por longo período, existem basicamente duas alternativas: uso de estatinas, voltadas para reduzir LDL, ou fenofibrato, indicado em casos de triglicérides muito altos.

A definição depende da idade, dos riscos associados e dos efeitos colaterais possíveis. O tratamento medicamentoso não substitui os bons hábitos, mas deve ser usado como complemento quando eles não resolvem sozinhos.

Opiniões e comentários do público

A divulgação do caso despertou discussões. Alguns destacaram que um corpo aparentemente saudável pode esconder resistência à insulina, sugerindo o exame de insulina em jejum.

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Outros defenderam adaptações na dieta, como diminuir carboidratos refinados e priorizar proteínas, gorduras boas e alimentos ricos em ômega-3.

Também houve quem levantasse a hipótese de que o tipo de atividade física praticada ou a intensidade dela poderiam não estar adequados, sugerindo ajustes na rotina de exercícios.

Riscos do colesterol elevado

Manter o colesterol alto favorece o acúmulo de placas nas artérias, processo chamado de aterosclerose, que pode levar à doença coronariana, AVC ou doença arterial periférica. Muitas vezes, os sintomas só aparecem quando o problema já está avançado.

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Além disso, há relação com a hipertensão, pois vasos endurecidos exigem maior esforço do coração. A combinação dos dois fatores aumenta significativamente o risco de complicações graves.

Estratégias para reduzir os índices

As recomendações incluem diminuir gordura saturada, eliminar gorduras trans, priorizar fontes de ômega-3 (como salmão e nozes), consumir fibras solúveis (como aveia, feijão e maçã) e considerar o uso de whey protein.

Também são indicados 30 minutos de atividade física moderada ao menos cinco vezes na semana, abandonar o cigarro, controlar o peso e investir em pequenas mudanças diárias, como trocar refrigerantes por água e preferir as escadas ao elevador.

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