Nome de diva, com pinta de artista, com cara de galã, emprestado da irmã, inspirado na tevê, pensado antes mesmo de o filho nascer. Seja qual for a razão ou a motivação, o que não faltam são celebridades que deixaram o registro da certidão de nascimento escondidinho, dentro de uma gaveta, e adotaram nomes mais fortes, comerciais ou simplesmente diferentes diante dos holofotes. Você sabe como se chamam, originalmente, seus artistas preferidos?

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Confusão familiar

Susana Vieira tem quatro irmãos: Sérgio Ricardo, Sérvulo Augusto, Sandra e Susana. Pera aí, outra Susana? Isso mesmo! A atriz, que, na verdade, se chama Sônia Maria Vieira Gonçalves, adotou o nome da irmã mais nova quando entrou para o mundo artístico.

Tudo aconteceu quando Sônia estava prestes a estrear na TV Tupi, de São Paulo, e esbarrou em um empecilho:

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– Já tinha uma Sônia no elenco. Naquela época, anos 60, o elenco era muito restrito. O Cassiano Gabus Mendes, que era o diretor artístico, falou: “Um elenco não pode ter duas Sônia. Qual é o nome que você quer?” – recordou a atriz, no Encontro Com Fátima Bernardes.

Ela não teve dúvida: escolheu o nome da irmã.

– Ela era linda, tinha os olhos azuis. Na Argentina, onde nasceu (o pai era militar e trabalhou em diversas embaixadas pelo mundo), o sotaque fazia o nome dela ser “Sussána”. É um charme, não é? – diverte-se a atriz até hoje.

O problema maior aconteceu quando a Susana verdadeira decidiu que também seria atriz! Para não causar confusão, adotou o nome de Susana Gonçalves, o outro sobrenome da família.

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TESTE: você sabe os nomes verdadeiros destes famosos?

Título de poderosa

A dona do hit Show Das Poderosas quis usar um nome tão poderoso como a sua música. Nascida Larissa de Macedo Machado, ela começou a gravar vídeos nos quais cantava diversas músicas e postava no Youtube. Daí para ser descoberta por produtores musicais, foi um pulo!

Na hora de levar a carreira a sério, a morena decidiu adotar um nome artístico marcante: Anitta. A ideia veio da personagem principal da minissérie Presença de Anita (2001), de Manoel Carlos, mas aí com um “t” a mais.

– Nunca gostei do meu nome e achava que precisava de algo mais poderoso para ser artista. Hoje, nem a minha mãe me chama de Larissa! – disse Anitta à revista Vogue.

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Dois nomes, duas personalidades

Você pode não saber quem é Arlette Pinheiro Esteves da Silva, mas, com certeza, conhece Fernanda Montenegro. Segundo a atriz, ela não adotou apenas um novo nome, mas também outra identidade.

– Acho que sou duas pessoas. Está de acordo com a minha profissão. O velho Shakespeare já tinha razão, somos todos atores. Sei que sou também a dona Arlete. Essa é bem resguardada. Poucos me chamam ainda assim. Uma prima, um primo. Meus pais me chamavam também e a minha irmã. Mas é para uso interno. Eu acho bom. Dentro de uma toca. E tem essa outra entidade aí, que, de vez em quando, se exibe muito – brincou ela, em entrevista ao Canal Viva.

A escolha do nome Fernanda Montenegro para a carreira na tevê e no cinema tem uma inspiração de fundo literário:

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– Tirei do século 19, de livros como o Conde do Montecristo e das Fernandas dos romances franceses. O nome que eu usava no rádio era Arlete Pinheiro.

Destino marcado

Duplas sertanejas e nomes artísticos são quase sinônimos. Das mais antigas às mais atuais, não faltam exemplos de estrelas que deixaram seus nomes verdadeiros para trás e adotaram outros mais sonoros ou fáceis de memorizar. Tudo para alavancar o sucesso!

No caso de Mirosmar José de Camargo e Welson David de Camargo, o nome artístico já estava escolhido antes de eles nascerem. Francisco Camargo, um lavrador de Pirenópolis, Goiás, afirmava que teria dois filhos cantores, e que a dupla se chamaria Camargo e Camarguinho. Agora, já deu pra reconhecer a história, né? Estamos falando de Zezé Di Camargo & Luciano.

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A dupla começou com o primogênito Mirosmar e o irmão Emival, que morreu em um acidente, aos 11 anos. Mirosmar, em 1979, formou nova dupla com um amigo: Zazá e Zezé. Quando esta chegou ao fim, ele se mudou para São Paulo para investir na carreira solo, já como Zezé Di Camargo.

Mas não era o que as gravadoras queriam. A oportunidade perfeita surgiu quando o irmão mais novo, Welson David, também mostrou interesse pela carreira artística. Só faltava o nome perfeito.

– Que tal Luciano? – sugeriu Zezé.

– Por que não Luciano? – concordou o mano Welson.

Dos States, pegou

Roberto Souza Rocha embarcou rumo aos Estados Unidos durante a adolescência, em busca de uma vida melhor. Lá, trabalhou como garçom e dançarino e, entre os amigos, passou a ser chamado de outra forma.

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– Meu apelido, desde muito novo, era Robertinho. Quando fui para os Estados Unidos, passaram a me chamar de Latinboy, e, da mistura desses dois nomes, surgiu o Latino – revela o cantor.

A influência dessa época foi tanta que, no começo da carreira, Latino só cantava em inglês. Quando conheceu o DJ Marlboro, passou a gravar em português. Mas o Latino continuou sendo o Latino!