Vladimir era um jovem estudante quando o primeiro estalo aconteceu. Amigo de muitos pintores, visitar ateliês era hábito frequente e apreciado por ele. Certo dia, enquanto um colega colocava em tinta um modelo na tela, Vladimir recebeu a instrução, para não constranger o rapaz com sua presença, de fazer o mesmo.

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– E não é que eu desenhei certinho? – brinca Vladimir Vasiliev, patrono fundador da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e ex-diretor geral do Teatro Bolshoi da Rússia. Ali, o bailarino que ganhou fama de Deus da Dança descobriu que também poderia pintar. E bem.

Em Joinville para a montagem do espetáculo O Quebra-nozes, com estreia prevista para 2014, o russo aproveita para expor 33 telas que produziu como hobbie ao longo dos anos. Metade dos quadros em exibição foi emprestada por amigos presenteados com obras do bailarino.

Seja nos palcos ou munido de pincéis, a arte é, claramente, o que move a vida de Vladimir. Os quadros cheios de cores com paisagens de locais que ele viu ganham, agora, a mesma emoção que o renomado bailarino imprime na dança. E, embora a atividade seja praticada por lazer, ele revela que a pintura já faz parte de si.

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– Oitenta porcento da minha biblioteca pessoal é sobre pintura. A cada turnê que faço, levo livros de algum museu que visitei. Não consigo viver sem colocar minha expressão nos quadros e sempre foi assim com a dança também.

O QUÊ: exposição de quadros de Vladimir Vasiliev.

QUANDO: de 6 a 20 de dezembro.

ONDE: recepção da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

QUANTO: entrada gratuita.