Como parte da programação do Viva Serra Festival de Inverno, uma cavalgada foi realizada durante todo o sábado, dia 25. O evento é realizado simultaneamente, de 10 de agosto a 9 de setembro, em Lages, São Joaquim e Urubici,

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O passeio começou às 10h, na Fazenda da Chapada, no município de Painel. Antes da saída, um ritual quase que obrigatório entre os cavaleiros: uma oração para pedir proteção durante o percurso. A maior parte do caminho foi percorrida por uma estrada de chão, mas em muitos momentos incluiu campos nativos, morros, pequenos córregos e mata fechada.

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Durante o trajeto, chamou a atenção um pequeno cemitério cercado por taipas e medindo não mais que 20 metros quadrados. Menor do que um quarto, o local tem apenas cinco ou seis sepulturas datadas da primeira metade do século 19, ou seja, quase 200 anos atrás.

Outro momento marcante do passeio foi a passagem por uma antiga aldeia indígena, com um grande círculo na mata, feito pelos índios durante suas danças, uma pequena elevação onde o pajé permanecia durante os rituais e algumas ocas cavadas sob a terra e onde viviam famílias inteiras. A vegetação cresceu ao longo dos tempos, mas as ocas ainda estão intactas e bem visíveis.

Às 13h40min, depois de 3h40min, a cavalgada chegou à Fazenda da Ferradura, já em território lageano, onde foi servido aos participantes um almoço acompanhado de um show nativista. Por volta das 16h, a tropa iniciou o retorno ao ponto de partida.

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Para toda família

A noite chegou cedo, a temperatura caiu, e durante uma hora, os cavaleiros percorreram as belezas da Coxilha Rica, sem luz alguma, mas segurança. Os guias conhecem cada árvore da região. Uma fina garoa chegou a cair, mas não atrapalhou o passeio.

Às 19h30min, depois de quase oito horas em cima do cavalo, histórias divertidas, gargalhadas e um clima de amizade, o passeio chegou ao fim. Todos muito cansados, inclusive os animais. Mas satisfeitos, felizes e com vontade de fazer tudo de novo o mais breve possível.

– A cavalgada é um ambiente de muito respeito, companheirismo e segurança. É uma fraternidade na qual ninguém fica para trás. Quem sabe mais, ajuda quem sabe menos. E cavalgar na Coxilha Rica é bom para nós, urbanos, voltarmos ao tempo em que se vivia sem luz. É um programa para toda a família e um aprendizado para a vida -, disse o bioquímico Márcio Pacheco, de 42 anos, morador de Lages e pai de Manuela, de 11 anos, única amazona do grupo e que se saiu muito bem quando questionada sobre as piadas contadas pelos homens durante o passeio.

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– Eu falo besteira junto com eles. Adorei e quero voltar.