Depois de um ano, quatro meses e 18 dias da morte do vereador de Chapecó, Marcelino Chiarello, a viúva, Dione Guarnieri Chiarello, fez sua primeira manifestação para a imprensa. Ela recebeu cerca de 20 jornalistas na casa de sua mãe, para mostrar sua contrariedade com o resultado do inquérito da Polícia Federal, que apontou suicídio como causa da morte do vereador.

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Dione não respondeu a perguntas de jornalistas e apenas leu um texto onde afirmou que a investigação foi arrastada, demorada, com muitas dúvidas e equívocos. Ela citou que Chiarello fez muitas denúncias de corrupção e irregularidades e que sempre defendia os direitos humanos. Ela afirmou que não vai se contentar com o resultado.

– Vamos em busca da verdade – disse.

Seus advogados, Sérgio Martins de Quadros e Nilton Martins de Quadros, afirmaram que ainda não tiveram acesso ao inquérito mas já solicitaram ao judiciário para que o médico contratado pela família, Daniel Munhoz, possa realizar um novo laudo. De acordo com os advogados ele foi contratado para acompanhar a exumação mas não foi autorizado a acompanhar todo o processo.

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Marcelino Chiarello foi encontrado morto no quarto de visitas de sua casa, no final da manhã do dia 28 de novembro de 2011. Ele estava enforcado na janela com uma alça. O primeiro laudo médico apontou para homicídio. Um laudo posterior, produzido por uma junta médica do Instituto Geral de Perícias, apontou para suicídio. A investigação da Polícia Civil foi inconclusiva. O Ministério Público deve se manifestar nos próximos dias se pedirá mais informações ou o arquivamento do caso.