Ganhou o melhor no Ernestão. O Joinville mostrou uma equipe mais qualificada, errou menos e venceu a primeira partida da final do Catarinense 2001 com merecimento. Nem mesmo a prematura saída de Selmir, autor do primeiro gol, ainda no primeiro tempo, desestruturou a equipe de Artur Neto. Marlon entrou no ataque e não só manteve o ritmo como deixou a sua marca duas vezes. A segunda, no último minuto do jogo, matou o Criciúma. O Criciúma, que tem uma grande equipe, não repetiu ontem as mesmas apresentações das partidas anteriores. Sentiu a saída de Mahicon Librelato e Jefferson Feijão, errou muito e não poderia ter melhor sorte. Mas nada está definido, no domingo teremos mais emoção pela frente. A quarta vaga Finalmente o Sul do país entendeu que o Estado do Espírito Santo nada tem a ver com a região a que pertencemos. Minas já estaria demais na Copa criada para ser jogada no Extremo-Sul. Na reunião de ontem, em Porto Alegre, Santa Catarina teve uma vitória ao conseguir apoio das federações vizinhas e sobretudo de Grêmio e Internacional, para que a quarta vaga seja uma realidade com a retirada do Espírito Santo. Os gaúchos só agora perceberam que jogar naquele Estado é prejuízo certo, enquanto em Santa Catarina é garantia de público, por inúmeras razões que não precisam ser enumeradas. O estranho de tudo isso é que só agora, depois que foram definidas as três vagas catarinenses, mudaram radicalmente sua posição em favor do nosso Estado. Cartas marcadas? Santa Catarina brigou por quatro vagas na Copa Sul/Minas. Foi unida para a reunião no Rio e acabou atropelada pelos organizadores, que nos sacaram uma vaga, colocando o Espírito Santo na competição. Todas as federações indicaram seus representantes. Os nossos foram escolhidos pelo critério técnico do Campeonato Estadual. Ninguém esperava que a Capital ficasse fora da Copa. Aí começou um novo trabalho. E se fosse o Tubarão? De cara O Campeonato Estadual de Juniores começa neste sábado e com o clássico Figueirense x Avaí, no Estádio Orlando Scarpelli. Dois times fortes, especialmente o Avaí, que utilizará praticamente os jogadores que atuaram no Estadual e que têm idade para tal. Thiago, Édno, Fabiano, Éder, Maiquel (foto abaixo), Luizinho, Júnior Laguna, enfim, time formado. Oliveira deverá ser a atração do Figueirense. Prata da casa Lembram de Cris, vice-campeão paulista pelo Botafogo, de Ribeirão Preto? Treinou no Avaí e ninguém fez uma avaliação capaz de segurá-lo. Passou despercebido. E Mahicon Librelato? Treinou no Figueirense e nem bola deram. O ex-presidente do Avaí, Nilton Dionísio, seu descobridor em Orleans, o levou para o Criciúma. Precisamos profissionalizar, gente, não há mais lugar para amadorismo no futebol! O melhor O zagueiro Roberto, do Joinville, foi o melhor jogador em campo, ontem no Ernestão. Comandou o time, mostrou a raça que já o consagrou e no final do jogo chegou junto aos seus companheiros, disparando o grito de advertência: “Não ganhamos nada, não temos nada para comemorar. A decisão será domingo”. Palavras de quem conhece. Os problemas Além de ter que reverter o resultado e ter que jogar por um único resultado, o departamento médico do Criciúma terá que trabalhar muito para deixar os jogadores Mahicon Librelato e Jefferson Feijão, fundamentais no esquema de Milioli Neto, em condições de entrar em campo. Contratura muscular é de difícil recuperação nesta época do ano.
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