A Suprema Corte dos Estados Unidos deu nesta segunda-feira (4) uma vitória ao movimento antiaborto, anulando uma decisão que havia outorgado o direito a interromper a gravidez a uma adolescente detida em um centro de retenção de imigrantes.

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A Suprema Corte se negou, porém, a impor sanções disciplinares, solicitadas pelas autoridades, contra os advogados da adolescente em situação ilegal. Ela conseguiu abortar em outubro, no Texas.

Este caso surgiu como a primeira grande batalha judicial sobre o aborto no governo Trump. A jovem de 17 anos, que estava detida no Texas após ingressar ilegalmente nos Estados Unidos, pediu para abortar em setembro.

As autoridades haviam lhe dado a opção de escolher entre não abortar, ou aceitar ser deportada para praticar aborto em outro lugar.

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A ACLU se envolveu na batalha para defendê-la, e o caso adquiriu um forte significado simbólico por ter implicações tanto para os direitos das mulheres quanto dos imigrantes.

Uma corte federal de apelações confirmou, em sessão plenária de 24 de outubro, o direito das jovens imigrantes a recorrerem ao aborto. O procedimento foi realizado no dia seguinte.

Em um recurso de 130 páginas à Suprema Corte, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a defesa da jovem de ter apressado a interrupção de sua gravidez, sem lhes dar tempo de continuar a batalha legal.

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* AFP