Nas últimas semanas dois casos de violência entre estudantes dentro das escolas impressionou quem viu tanto o vídeo dos socos trocados entre alunas de um colégio em Florianópolis, quanto o punhado de cabelo arrancado de uma das envolvidas em uma briga numa escola de Joinville.
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Os casos chamaram a atenção da população e algumas perguntas surgiram: o que é feito para evitar este tipo de situação? Como remediá-las.
A violência é uma das principais preocupações da Secretaria Estadual da Educação. Em 1990, o órgão criou um Grupo de Política de Prevenção a Violência nas Escolas. A atuação deste grupo, porém, nunca surtiu muito efeito nas instituições de ensino, e os casos só foram aumentando.
Em 2011, porém, o papel do Grupo foi formalizado, passando a seguir diretrizes determinadas na linha da educação, prevenção, atenção e atendimento a violência nas escolas.
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De acordo com a coordenadora deste grupo na Secretaria da Educação, Rose Kock, este trabalho é desenvolvido nas 30 gerências regionais da Secretaria, com representantes nas 1300 instituições de ensino do Estado.
Referência
Segundo Rose, a ideia do grupo é atuar tanto na assistência aos alunos vítimas de violência, física ou psicológica – no caso do bullying – quanto na prevenção, evitando que essas práticas se concretizem.
– Queremos que o aluno que se sinta ameaçado ou que tenha sofrido algum tipo de violência, sinta-se seguro em vir nos procurar – Explicou a coordenadora.
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Para Rose, porém, o mais importante é que professores e funcionários fiquem atentos e possam perceber os casos velados.
Assistência
– Existem casos que competem ao colégio. Nestes, tentamos resolver com métodos educativos – comentou Rose – A maior preocupação é evitar a discriminação depois de um caso de violência, por exemplo, tanto para quem apanha, quanto para quem agride – completou.
Quando o caso ganha proporções maiores, o Grupo cuida para encaminhá-lo para o atendimento adequando, como o Conselho Tutelar.
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“Te pego lá fora”
A violência que nasce nos corredores das escolas, muitas vezes são concretizadas fora dos muros. Na volta para casa, no bairro em que moram os alunos.
– Para tentar impedir este tipo de coisa e ampliar a atuação do Grupo, pais e representantes do entorno da escola são convidados a participarem deste trabalho – Conta Rose.
O Grupo de Política de Prevenção a Violência nas Escolas ainda não tem um levantamento dos casos de violência nas escolas. Nem tem como mensurar o resultado da sua atuação. Mas, segundo Rose, uma página no site da Secretaria está sendo montada com todas as informações do Grupo e com estudos e dados sobre a violência nas escolas.
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– Será uma forma de apresentar e aproximar o nosso trabalho para que mais pessoas queiram se envolver, seja participando ou, até mesmo, denunciando.