A adolescente de 16 anos que teve imagens divulgadas nas redes sociais por dois homens que diziam que ela havia sido estuprada por até 30 criminosos foi ouvida pela polícia e submetida a exames médicos na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro.
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Em entrevista à rádio CBN, a avó da menina disse que a vítima foi encontrada por um agente comunitário, na zona oeste da cidade. Nas imagens, está desacordada e nua.
— O vídeo é chocante, eu assisti, ela está completamente desligada — disse a avó.
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Nas imagens, um dos homens afirma que a menina, que é mãe de uma criança de três anos, teria sido violentada por mais de 30 criminosos.
— Essa aqui, mais de 30 engravidou — diz a voz.
Enquanto filmam o órgão genital da vítima, um deles narra:
— Olha como que tá (sic). Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta.
O linguajar usado pelos dois homens sugere que sejam pessoas habituadas a gírias comuns entre criminosos. Além do vídeo, também há pelo menos uma foto de um dos rapazes à frente do corpo da adolescente.
Na postagem em uma rede social, um homem escreve:
— Amassaram a mina, intendeu (sic) ou não intendeu (sic)? Kkkkkkkkkk.
Como o vídeo circulou pelas redes sociais, a suspeita de estupro coletivo está sendo investigada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. Segundo o G1, os homens que divulgaram as imagens já teriam sido identificados — a Polícia Civil do Rio não divulgou oficialmente os nomes.
A postagem repercutiu no Twitter na quarta-feira, dia 25. “Ele dopou a garota e filmou ela (sic) após o estupro”, escreveu uma pessoa. “Embebedou uma garota a ponto de deixá-la inconsciente, estuprou e postou um vídeo se vangloriando do ato”, postou outro internauta. “O cara estupra, expõe e se gaba da atitude abominável. O que ele merece? Cadeia! Denunciem o Michel”, escreveu outra pessoa.
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Após a repercussão, um dos rapazes que aparecem nas imagens apagou sua conta na rede social. Antes, porém, ele reclamou das críticas e ameaçou divulgar mais imagens da vítima.
Pelo menos mais quatro rapazes compartilharam o vídeo — não se sabe se eles também participaram do estupro ou se limitaram a divulgar o vídeo —, o que também pode valer punição pela Justiça.
Ao longo da noite desta quarta, os perfis das quatro pessoas que até então haviam divulgado o vídeo foram alvo de críticas de outros internautas. Eles pedem que ninguém compartilhe as imagens e defendem punição aos envolvidos. Foram divulgados um perfil no Facebook e um número de telefone celular que pertenceriam a um dos autores do estupro.