O Big Brother Brasil 22 é a edição com mais representatividade até o momento. Natália Deodato, a participante do Estado de Minas Gerais, foi diagnosticada com vitiligo ainda na infância. Ainda que muitos saibam seu nome, são poucas as pessoas que conhecem a doença.
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Na última semana, Natália fez uma declaração equivocada sobre o próprio vitiligo. A modelo e designer de unhas afirmou que as manchas claras provocadas pela doença podem evoluir para o quadro de albinismo. A declaração causou repúdio naqueles com ambas doenças na pele. Por isso, é muito importante entender melhor essa doença que afeta o,5% da população brasileira.
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O que é vitiligo
O vitiligo é uma condição com origem desconhecida que é adquirida ao longo da vida. Atualmente, especialistas acreditam que a doença seja do tipo autoimune. Em pessoas com a patologia, é possível observar a destruição progressiva de células responsáveis pela produção do pigmento da pele, chamados melanócitos.
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O vitiligo pode evoluir para o albinismo
Não. O albinismo é uma mutação genética que causa no indivíduo a falta de cor na pele, nos olhos e também nos pelos. Além disso, pessoas com albinismo costumam sofrer com outros problemas causados pela doença, como alterações na visão e maior risco para câncer de pele. Diferente do vitiligo, doença adquirida ao longo da vida, o albinismo é uma doença de nascença.
Além disso, o vitiligo não evolui para o albinismo, visto que ambas são doenças distintas. O que pode ocorrer é a evolução do vitiligo para outro tipo da doença, como a forma bilateral, que atinge 90% do corpo.
Quais os tipos de vitiligo
O vitiligo é dividido entre 2 tipos: unilateral (ou segmentar) e bilateral (ou não segmentar). A forma unilateral se manifesta apenas em uma parte do corpo, e costuma aparecer quando a pessoa ainda é jovem.
Já a bilateral, tipo mais comum do vitiligo, se manifesta em ambos os lados do corpo. De maneira geral, as manchas se iniciam nas extremidades, como mãos, pés, boca e nariz. A perda de cor ocorre em ciclos e épocas em que a doença se desenvolve. Esses ciclos podem acontecer durante toda a vida, com as áreas despigmentadas se tornando ainda maiores com o tempo.
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Quais os sintomas do vitiligo
O sintoma principal do vitiligo está relacionado ao surgimento de manchas esbranquiçadas ou descoradas na pele e também em locais como cabelo, barba e sobrancelhas. A doença não causa coceira nem qualquer outra manifestação diferente da despigmentação da pele.
O que causa o vitiligo
- Teoria Neural
- Teoria Citóxica
- Teoria Autoimune
Atualmente, especialistas acreditam em diferentes teorias que explicam a causa do vitiligo. São elas a Teoria Neural, Teoria Citóxica e Teoria Autoimune. A seguir, vamos entender melhor cada uma delas.
Teoria Neural
De acordo com a Teoria Neural, o vitiligo unilateral incide sobre a região da pinta, e é provocado por substâncias responsáveis pela destruição dos melanócitos, células produtoras de melanina.
Teoria Citóxica
Já a Teoria Citóxica indica que a despigmentação da pele é causada por substâncias presentes em materiais, como a hidroquinona.
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Teoria Autoimune
Por fim, a Teoria Autoimune consiste na formação dos anticorpos responsáveis por atacar e destruir os melanócitos. Além disso, parece estar associada a outras doenças autoimunes.
O vitiligo pode ter causa emocional?
Além das teorias acima, especialistas também acreditam que o vitiligo possa estar relacionado a traumas físicos e emocionais, de modo a serem estímulo para o surgimento das manchas esbranquiçadas e agravamento das já existentes.
Quem está mais suscetível ao vitiligo

Por não se tratar de uma doença infecciosa, o vitiligo não passa de uma pessoa para outra. Ele se manifesta em pessoas de diferentes idades, desde crianças até idosos. No entanto, costuma ser mais frequente entre indivíduos que já apresentam doenças autoimunes.
A idade média para o aparecimento das primeiras manifestações é de 13 a 22 anos. Além disso, o vitiligo também pode ocorrer em pessoas com familiares que possuem alguma doença autoimune.
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Como o vitiligo é diagnosticado
O diagnóstico do vitiligo é feito principalmente por análise clínica. Afinal, as manchas esbranquiçadas costumam aparecer em locais bem característicos do corpo, como mãos, pés, boca, nariz e joelhos.
O médico dermatologista é o responsável pela identificação do vitiligo, além de determinar se existem outras doenças associadas, e indicar o tratamento adequado para cada caso.
O exame chamado biópsia cutânea mostra a ausência completa dos melanócitos nas áreas afetadas, com exceção das bordas da lesão. Outro exame realizado com uma equipamento chamado lâmpada de Wood (lâmpada de luz fluorescente usada nos diagnósticos dermatológicos) é essencial para detectar as áreas de vitiligo em pessoas de pele branca.
Da mesma forma, exames de sangue contribuem para que o médico conclua a avaliação imunológica, de modo a identificar outras doenças que podem estar relacionadas ao caso, como doenças autoimunes.
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Por fim, o histórico familiar também é considerado para o diagnóstico do vitiligo. Por isso, pessoas com familiares portadores do vitiligo devem redobrar a atenção para o aparecimento das manchas.
Vitiligo é contagioso?
Uma vez que o vitiligo não é causado por nenhum microrganismo, não se trata de uma doença contagiosa. Ou seja, o vitiligo não apresenta risco de contágio ao tocar na pele com a despigmentação.
Vitiligo tem cura?
O vitiligo é uma doença que ainda não apresenta cura. Contudo, seu tratamento é realizado com o objetivo de minimizar o aparecimento de manchas sem melanina. Além disso, visa melhorar a aparência da pele evitando alterações da sensibilidade, situação que pode ocorrer em alguns casos.
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Como é o tratamento do vitiligo
O tratamento do vitiligo é indicado e realizado pelo dermatologista. Dessa forma, o profissional pode indicar alternativas como a fototerapia, tratamento que tem como objetivo promover a proteção das áreas afetadas da pele.
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Além disso, o uso de medicamentos capazes de estimular a produção de melanócitos é indicado. Muitas vezes são recomendados medicamentos como corticoides e imunossupressores.
As áreas sem melanina se tornam mais suscetíveis aos raios solares. Por isso, a pessoa com vitiligo também deve realizar cuidados especiais em relação à proteção solar. O uso de roupas que cubram as áreas com manchas é importante, assim como o uso de filtro solar (FPS).
É preciso evitar o uso de roupas apertadas, ou que possam provocar atrito ou pressão sobre a pele. O controle do estresse também é importante, visto que alguns especialistas acreditam que o aumento das manchas pode estar relacionado.
Considerando que o aparecimento de manchas esbranquiçadas pode causar problemas na autoestima, o tratamento psicológico também é recomendado, principalmente no caso de crianças.
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Ainda que o vitiligo não seja uma doença contagiosa, o preconceito relacionado a essa alteração ainda é grande, causando problemas de aceitação e prejudicando o convívio de pessoas com a doença.
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Vitiligo pode virar câncer?
A região da pele que apresenta as manchas esbranquiçadas se torna ainda mais sensível aos raios solares. Dessa forma, pessoas com vitiligo devem tomar cuidado redobrado com o sol. No entanto, a doença aumenta a produção de proteínas que agem contra tumores, de forma a diminuir as chances de câncer de pele.
Existe forma de prevenção para o vitiligo?

O vitiligo é uma doença que ainda não tem forma de prevenção. Cerca de 30% dos casos identificados apresentam histórico familiar. Por isso, pessoas com familiares que tenham vitiligo devem ter uma vigilância periódica. Além disso, é importante recorrer a um profissional especializado sempre que identificar manchas esbranquiçadas na pele.
Dessa maneira, é possível ter um diagnóstico precoce da doença, iniciando o tratamento mais cedo, e aumentando a proteção necessária para evitar o desenvolvimento de novas manchas pelo corpo.
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Quando é a hora de procurar ajuda médica para o vitiligo
O vitiligo é uma doença que não coloca a saúde do indivíduo em risco. No entanto, pode gerar diminuição da autoestima e desconforto psicológico. Por esse motivo, é fundamental que a pessoa busque ajuda profissional ao identificar o aparecimento de manchas brancas que evoluam, aumentando sua área e aparecendo em outras regiões do corpo.
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