A partir de quarta-feira, o Inter deverá ganhar uma segunda casa para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil: o Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.
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Com as arquibancadas de metal finalizadas até amanhã, apenas a vistoria dos Bombeiros, da Brigada Militar e do Ministério Público e a liberação do espaço separam Inter e Novo Hamburgo de selarem o acordo para a utilização do estádio no Brasileirão. Com as novas instalações, o Vale teve a sua capacidade aumentada de 6 mil para 16 mil torcedores – atendendo às exigências da CBF, que autoriza jogos do Brasileirão apenas para estádios com capacidade mínima para 15 mil pessoas.
Ainda que ocorra a liberação do estádio, o Inter não deixará Caxias do Sul. O Centenário – distante quase duas horas do Beira-Rio – seguirá como o estádio número 1 da equipe para o Brasileirão, enquanto Novo Hamburgo – a 40 minutos da Capital – servirá para abrigar o time de Dunga nos jogos de quarta-feira à noite, enquanto as partidas de finais de semana seguirão com mando em Caxias.
Com essa mudança, o Inter conseguirá minimizar o desgaste dos jogadores, que costumam chegar a Porto Alegre de madrugada, quando as partidas no Centenário começam às 22h. Assim, a estreia no Vale do Sinos poderia ocorrer no dia 10 de julho, contra o América-MG, pela Copa do Brasil. Já no primeiro turno do Brasileirão, o Inter enfrentaria apenas Santos e Corinthians no Estádio do Vale. Ambos os jogos estão marcados para às 22h de quarta-feira (dias 31 de julho e 4 de setembro, respectivamente).
– Existe uma negociação em andamento, mas ainda dependemos de algumas questões legais para assinar com o Inter. Estamos avançando bem – confirmou Carlos Duarte, presidente do Novo Hamburgo.
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– O Estádio do Vale foi transformado – acrescentou o dirigente.
Para jogar em Novo Hamburgo, a direção colorada listou 41 itens a serem melhorados no estádio. Entre eles, a abertura de três novos portões de acesso – havia apenas dois originalmente -, pintura externa e interna, tratamento do gramado em padrão de excelência, além do obrigatório aumento da capacidade. Para o Inter, vincular-se a Novo Hamburgo significaria reforçar o quadro social na região do Vale do Sinos, que hoje conta com 11 mil associados – e sem perder os sócios de Caxias do Sul, uma vez que o clube seguiria mandando partidas na Serra.
A prefeitura de Novo Hamburgo também se envolveu com o chamariz ao Inter. Interessada em divulgar a cidade Brasil afora, o município bancou R$ 100 mil na construção de uma rua lateral ao estádio, para que os torcedores possam acessar o Trensurb – além de permitir uma rota alternativa ao ônibus da delegação do Inter – mais obras de terraplenagem, asfaltamento e sinalização.
– O estádio do Vale está pronto para ser alugado para o Inter. As arquibancadas foram fixadas no solo, após um processo de 40 dias de análise de solo, instalação de pilares, de micro-estacas, de concretagem e de toda a sustentação necessária para as arquibancadas metálicas. Agora só dependemos da liberação das autoridades – concluiu Carlos Duarte, à espera de locar a segunda casa para o Inter no Brasileirão.