No sítio de Manfred Millnitz, os meses de fevereiro a abril são marcados pelo envolvimento familiar em torno de uma única planta. Dentre todas as diversas espécies vegetais cultivadas no local, a vitória-régia gigante é a atração principal. Com folhas que ultrapassam os dois metros de diâmetro, a planta chama a atenção de turistas e traz movimento ao tranquilo sítio dos Millnitz.
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Há 22 anos, Manfred comprou a semente da vitória-régia, entregue por um amigo que viajou à Amazônia. Se o primeiro ano não trouxe resultados surpreendentes, os demais foram de exuberância. Chamando atenção de vizinhos e conhecidos, a planta tornou-se um chamariz, atraindo visitantes da região e até de outras localidades como Curitiba e cidades do Paraná. Turistas de outros países também passaram pelo local, assim como visitas ilustres de políticos e artistas.
Ao longo dos meses de verão, a rotina da família muda. As viagens para as praias e outros locais são limitadas, já que o número de visitantes é alto, especialmente nos fins de semana: neste ano, a média é de 350 pessoas por semana. Apesar de Manfred receber pessoalmente a maioria dos turistas, a família auxilia quando é necessário.
_ E fazemos isso com o maior gosto. Ficamos aqui e nos dedicamos a isso _ conta o filho César Millnitz, sem esconder o orgulho que sente pelo pai e pelo espaço que ele criou.
A visibilidade em torno da planta também auxilia a expandir o negócio dos Millnitz. A fábrica de Strudel da Oma, que dá o sustento da família, é localizada no próprio sítio. Nas visitas à vitória-régia, também chama atenção a fabricação artesanal do quitute, que vê suas vendas crescerem.
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A vitória-régia
O ciclo da vitória-régia começa no fim de cada ano, quando as sementes são plantadas. Segundo César, a velocidade de seu crescimento é espantoso. Em fevereiro, suas folhas atingem uma largura impressionante. Nesse ano, algumas folhas já medem 2,35 metros de diâmetro. Como seguem crescendo durante o calor, a expectativa é que voltem a atingir os 2,5 metros registrados em anos anteriores. Quando o frio chega, porém, a planta morre.
A flor da vitória-régia reserva um espetáculo à parte para aqueles que têm a sorte de acompanhar seu desabrochar. Grande, a flor abre apenas à noite, deixando à vista suas enormes pétalas brancas e exalando um aroma doce reconhecido pela família.
– Quando ela abre, meus pais sentem lá de dentro da casa o cheiro _ conta César.
SERVIÇO
O quê: visitação à vitória-régia.
Onde: no sítio da família Millnitz, rua Doutor Francisco Piccione, 540, bairro Seminário, em Corupá (a chácara fica antes do Seminário Sagrado Coração de Jesus e a entrada está sinalizada com placas).
Quando: até abril, durante a semana ou nos fins de semana.
Quanto: R$ 5.
Informações: visitas em grupos devem ser agendadas. Apesar de a família estar diariamente na casa, é aconselhado ligar antes: 3375-2411.
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