A empresária Flávia Abalém foi surpreendida por uma visita inesperada na casa onde mora em São José, na Grande Florianópolis. Um carcará, uma ave de rapina, invadiu a residência e causou preocupações com a sua cachorrinha, que poderia virar presa do animal.
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Flávia, de 37 anos, explica que estava trabalhando quando o aplicativo das câmeras de segurança da casa enviou notificações de detecção de movimento.
— Eu olhei, era a câmera da sala. Falei, só tem movimento se tiver alguém dentro da casa. Foi quando eu percebi que era essa ave de rapina, então eu fiquei apavorada, porque eu jamais imaginei que uma ave de rapina daquele tamanho conseguiria entrar dentro da minha casa — relembra.
Imediatamente, Flávia se preocupou com sua cachorrinha, que estava sozinha em casa. Ela conta que já havia visto o carcará antes, mas não imaginava que o pássaro poderia entrar na casa para tentar pegar o seu pet.
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Veja o vídeo
— O meu primeiro pensamento foi, eu preciso proteger a minha cachorrinha. Foi a primeira coisa que veio na minha mente, porque eu já tinha visto essa ave algumas vezes, eu até achava ela maravilhosa, majestosa, grande, bonita. Mas eu jamais imaginei que ela pudesse vir atrás do meu cachorrinho — afirma.
Flávia afirma que começou a ver o pássaro na região de alguns meses para cá, e achou que se tratava de uma ave migratória, que iria passar um tempo na região e depois retornaria para seu local de origem.
Pelo animal de estimação ser pequeno, a preocupação da empresária era de que a ave pudesse machucá-la. Assim, ela deixou o trabalho e foi para casa socorrê-la.
Assustada com a situação, ela ligou para os Bombeiros, que disseram para ela ligar para a Polícia Ambiental. A orientação dos policiais foi que ela abrisse as janelas para que a ave saísse, e caso viesse em sua direção, que utilizasse uma vassoura com um pano para espantá-la.
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A empresária conta que foi para casa aflita, porque nas câmeras não escutava latidos da cachorrinha, somente barulhos do carcará voando e pisando nos móveis da casa.
— Veio um pensamento muito ruim na minha mente de que tinha acontecido alguma coisa com ela. Então eu cheguei e fui direto até o local onde ela estava, que é na casinha dela, que fica na lavanderia. Cheguei lá, ela estava quietinha dentro da casa, isso não é comum. Porque quando eu chego ela vem correndo pra cima de mim, pulando, latindo, e ela estava super quietinha, ela realmente estava escondida — relembra.
Depois de ver que estava tudo bem com a cachorrinha, Flávia contou com a ajuda de um vizinho para abrir a porta da sacada, já que a ave estava em cima da cama do seu quarto. Depois de algum tempo, o carcará saiu do local.
Vídeo do carcará viralizou
Depois do susto, Flávia compartilhou o ocorrido nas redes sociais. As imagens do pássaro dentro de casa, na tentativa de capturar a sua cachorrinha viralizaram, e tiveram mais de 12 milhões visualizações no Tiktok, além de milhares de visualizações e comentários no Instagram.
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— Eu fiquei bem chocada, não imaginava que ia ter toda essa repercussão. E também muitas páginas se publicaram, alguns biólogos falaram a respeito também. Eu só quis compartilhar o que havia acontecido comigo, foi algo completamente inusitado — afirmou a empresária.
Ela conta que já posta algumas coisas da rotina com a cachorrinha, e que já tinha postado um registro da ave outra vez que ela apareceu perto da casa onde mora.
— A repercussão, por um lado, foi positiva, porque várias pessoas vieram falar, nossa, agora eu vou tomar mais cuidado, eu vou colocar telas na minha janela. Eu vi vários relatos de pessoas que viram também, aves rondando, que tentaram entrar, então serve como um alerta para os tutores de pet, de pequeno porte, ou filhotinhos — afirma.
Biólogos comentam
Um dos biólogos que comentou o vídeo foi o Biomesquita. Nas redes sociais, ele afirmou que por ser muito pequeno, o cachorrinho pode sim servir de presa para um gavião desses.
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— Os carcarás são aves de rapina muito generalistas. Eles podem comer até carniça, um animal que já foi atropelado, está morto, eles dividem comida com um urubu. Mas eles também são excelentes caçadores — destaca o biólogo no vídeo.
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