Saúde e obras de infraestrutra foram os temas mais comentados pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, em visita a Criciúma na manhã desta segunda-feira. Ele esteve no Sul do Estado para cumprir um cronograma de final de ano e trazer um balanço das ações dos últimos meses. A intenção é ouvir as demandas de pelo menos 13 macroregiões e se aproximar dos desafios de cada canto do Estado.

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No encontro com a imprensa regional, a pauta principal foi a saúde. O Hospital Infantil Santa Catarina, em Criciúma, foi um dos assuntos comentados. A instituição passa por uma crise financeira pois é bancada pelo município, mas atende crianças de toda a região. Um das saídas seria repassar a gestão do hospital para o Estado, mas o governador disse que isso é inviável.

— O Estado aplicou uma filosofia de não assumir nenhum hospital. Não é inteligente com essa legislação, você assumir responsabilidades.Uma Organização Social, um órgão filantrópico, trabalha 44 horas e de uma maneira melhor, então a nossa filosofia é não assumir hospitais. Desde que eu assumi, todos os novos foram feitos por OS ou por filantropia pois é um erro assumir, fica muito mais caro — explicou Colombo.

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A saúde, aliás, é o que mais preocupa o gestor, e deve ser a única conta a não fechar no final do ano. As finanças estão equilibradas, segundo ele, apesar de este ter sido um dos anos mais difíceis da carreira do governador. Além da questão econômica do país, os fenômenos climáticos que acometeram o Estado também precisaram de gestão para serem solucionados.

— Vamos fechar o ano com absoluto equilibro, com um problema, problema na saúde. Já empenhamos os 12% e tudo que entra extra está colocando na saúde, agora não tem mais orçamentário, e não tenho excesso de arrecadação para suplementar, então cada dia vai dar mais um passo para fechar a saúde,talvez fique alguma coisa para o ano que vem — explicou.

O Hospital São José, referência em atendimentos pelo SUS na região Sul, também entrou na pauta. A administração da unidade hospitalar diz que o governo deve alguns repasses, porém o governador nega essa dívida. Segundo ele, os dois lados devem sentar ainda hoje para chegar a uma conclusão sobre o tema.

— O governo de Santa Catarina repassou R$ 37 milhões ao São José mais R$ 15 milhões de sequestros judiciais. Na conta da secretaria de estado da Saúde não existe dívida. Na nossa contabilidade, no nosso diretor financeiro e secretaria de saúde diz que não deve, então expliquem, achem um ponto em comum. A saúde do Estado não esta de costas, mas o que não pode é dizer que esta devendo, mas não estase tiver um informação diferente dessa, eu me curvo a comprovação e vamos cumprir nossa parte — informou.

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O encontro também reuniu as demandas do extremo-sul do Estado, com a presença do secretário executivo da ADR Araranguá, Ivan GabrielMilanez Ávila. Os deputados José Nei Ascari (PSD), Ricardo Guidi (PSD) e Manoel Mota (PMDB) também participaram do encontro. Durante a tarde, o governador participa da mesma atividade na ADR de Tubarão.

Infraestrutura também tomou conta da pauta

Obras na região de Araranguá, a rodovia Jorge Lacerda recém estadualizada, a rodovia Jacob Westrup, em Forquilhinha, entre outros pontos, também foram questionados. O governador disse que o momento não é de lançar novas obras, mas de manter o compromisso de entregar as que estão em andamento.

— A nossa ideia é continuar todas as obras, não tem nenhuma parada por problema de pagamento do estado, é claro que ab grande maioria delas é de uma fonte de financiamento, que fizemos em uma hora certa, com juro muito baixo, e fez com que a gente tivesse esse plano nenhum estado no Brasil tem o volume de obras que estamos fazendo em Santa Catarina — declarou.

A revitalização da SC-445, em Içara, foi outro ponto discutido. O secretário executivo da ADR Criciúma, João Rosa Filho Fabris,disse que depois da recusa por parte da comunidade do projeto apresentado em 2014, o trabalho no momento é de manutenção. Enquanto a Via Rápida não é concluída, fica inviável interromper a única saída até a BR-101 e paralisar com obras.

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Tanto a Via Rápida quanto o Anel Viário, obras em andamento e que não ficarão prontas este ano, já tiveram o prazo de entrega revisto algumas vezes. A Via Rápida ligará o bairro Próspera à BR-101, desafogando a SC-445, que passa por Içara e possui fluxo constante de veículos. O Anel Viário, que irá contemplar 6,7 quilômetros entre os bairros São Simão e Vila Zuleima, faz parte de um conjunto de 40 quilômetros de rodovias, ligando os municípios vizinhos e retirando o trânsito pesado do Centro da cidade.