O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), vem a Joinville nesta quinta-feira (9) e, na agenda, está prevista uma visita à Central de Abastecimento (Ceasa). O local está na demanda da prefeitura e do governo estadual, já que há a ideia de estadualizá-lo novamente. Atualmente, o município é responsável pela administração. 

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Com a estadualização, a ideia da prefeitura é integrar a unidade com as de outras cidades catarinenses, como Blumenau e Florianópolis. Para Fernando Bade, secretário do Desenvolvimento Econômico e Inovação de Joinville, o Ceasa não pertence somente a Joinville, mas a toda região Norte catarinense.

— Ele é operado aqui dentro da cidade, mas o abastecimento de alimentos interessa também ao estado — analisa.

O secretário lamenta que, atualmente, há poucos boxes ocupados, com baixa operação e demanda de clientes. Além disso, parte da região busca unidades de outros estados, principalmente a de Curitiba. 

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— Esse é o grande problema. Os produtores de agricultura familiar, os produtores menores, acabam não tendo onde vender o seu produto — reflete. 

A ideia da prefeitura em estadualizar o Ceasa da cidade já foi oficializada em fevereiro de 2022. Desde então, a prefeitura assumiu a responsabilidade de fazer melhorias no local, incluindo reformas no telhado, para convencer o governo estadual a assumir a unidade. 

Nesta quinta-feira, durante a visita do governador Jorginho Mello, a expectativa é que um “termo de cooperação” seja assinado no Ceasa de Joinville.

Diretor-presidente do Ceasa defende estadualização

Procurado pelo AN, Rudnei do Amaral, diretor-presidente da Ceasa, afirma que o estado ainda está em tratativas com Joinville sobre o tema. 

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De acordo com ele, com a estadualização, os compradores de Joinville e região não precisarão mais se deslocar para unidades de outros estados, fomentando a economia catarinense. 

— Abertura do mercado local, vindo cada vez mais produtores do Norte catarinense e demais regiões — analisa. 

Atualmente, devido às condições estruturais, Rudnei diz que a Ceasa de Joinville está funcionando com capacidade reduzida. Para ele, só após a concretização da estadualização será possível afirmar o que mudará no local. Apesar disso, as expectativas são positivas com a possível mudança. 

— É sempre a melhor, visando consolidar cada vez mais o abastecimento desta importantíssima função social — aponta. 

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O Ceasa é aberto à comunidade, mas, principalmente, produtores, permissionários e compradores são quem utilizam o local.

Pauta já foi discutida na Câmara de Vereadores

A ideia de estadualizar a Ceasa Joinville é apoiada pela Câmara de Vereadores. Em 2021, quando os legisladores visitaram o local, apenas cinco dos 16 boxes construídos para a comercialização de produtos agrícolas estavam em funcionamento.

Presidente da Comissão de Economia, Adilson Girardi (MDB) explicou que a estadualização da administração da Ceasa vai permitir que o município possa cuidar do agricultor joinvilense.

Diego Machado (PSDB), presidente da CVJ, destacou que há um estudo de viabilidade econômica que mostra que a unidade de Joinville tem potencial para ser sustentável economicamente. Ele também salientou que a agricultura familiar da cidade é forte, com mais de 1,2 mil famílias. 

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