Neste dia 29 de janeiro é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, uma das principais datas para a luta de pessoas transgênero no Brasil. Um dia para lembrar a importância que é tornar essa população, que vive à margem da sociedade, ainda mais vísivel. Reportagem especial mostra que a população transexual de Santa Catarina ainda sofre com injustiça e intolerância, quando deveria ser acolhida e respeitada.
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São histórias que trazem à tona o drama dos transexuais que vivem em SC e como o investimento em políticas públicas pode mudar vidas. De acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Botucatu, a estimativa é de que 1.090.200 brasileiros se identifiquem como transexual.
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Apesar disso, aos olhos dos órgão oficiais, essa população permanece quase que “invísivel”. Isso porque, no país, não há dados a respeito da população transexual e travesti – uma realidade que dificulta, por exemplo, a criação de políticas públicas a cerca do tema.
Além disso, a violência, seja ela física, verbal ou até mesmo silenciosa – em forma de olhares ou atitudes em espaços públicos -, é uma constante na vida de pessoas transgênero. Segundo dados do “Dossiê: Assassinatos e Violência contra travestis e Transexuais Brasileiras”, morreram no Brasil 140 pessoas trans somente no ano passado – duas delas em Santa Catarina.
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Porém, a resistência é capaz de quebrar paradigmas e faz parte da luta de uma população que busca, diariamente, ocupar espaços em meio a atos diários de transfobia. Um exemplo é que, pela segunda vez em 22 edições, o Big Brother Brasil (BBB), maior reality show do país, tem entre suas participantes uma travesti, a cantora e atriz Linn da Quebrada.
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Entre as histórias contadas na reportagem, há a médica que trabalha em uma cidade com pouco mais de 3 mil habitantes em SC e que, aos 52 anos, resolveu que era hora de assumir sua identidade como mulher.
Ou a fonoaudióloga que, após sofrer diferentes preconceitos na universidade, conseguiu o diploma e, agora, espera com a profissão ajudar outras pessoas como ela. Algo que há dez anos era praticamente impossível.
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