Um paciente que havia retornado de viagem de um dos países do Golfo foi confirmado com o vírus da mpox, conforme pasta do Ministério da Saúde local divulgada nesta sexta-feira (16). As informações são do g1.

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Não há certeza, no entanto, acerca da variante do vírus. O sequenciamento, tecnologia que estuda os vírus, está em andamento, conforme um porta-voz do Ministério da Saúde local. A variante será identificada somente após a conclusão deste processo.

Mpox: as regiões de SC com casos confirmados da doença que fez a OMS declarar emergência

Ainda nesta sexta, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) elevou o nível de risco para mpox, também conhecida como varíola dos macacos. Isso acontece um dia depois de autoridades de saúde confirmarem uma ocorrência de infecção com uma nova variante do vírus na Suécia, primeiro caso que acontece fora da África.

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O nível de risco para mpox foi de “baixo” para “moderado” de acordo com o ECDC. Além disso, o centro pediu também aos países do bloco que conscientizassem os viajantes que transitam entre as áreas afetadas.

— Devido aos laços estreitos entre a Europa e a África, devemos estar preparados para mais casos importados do clado 1 — afirmou Pamela Rendi Wagner, que é chefe do órgão de saúde pública da União Europeia.

Nas próximas semanas, devem haver mais casos importados da nova variante na Europa, segundo Pamela. O risco de transmissão sustentada, no entanto, deve permanecer baixo.

A variante nova gera preocupação mundial porque, aparentemente, se espalha mais facilmente pelo contato “próximo”, de rotina.

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Mesmo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dispensou a necessidade de restrições de viagem como forma de prevenir a disseminação do vírus.

Emergência de saúde pública internacional

O recente surto da doença foi declarado pela OMS como uma “emergência de saúde pública de importância internacional”, após a identificação da nova variante do vírus.

Na última quarta-feira (14), a organização emitiu, ainda, o mais alto nível de alerta por conta do surto na África. Casos na República Democrática do Congo (RDC) começaram a se espalhar para países vizinhos.

Desde que o surto vigente teve início no Congo, em janeiro de 2023, já houveram 27 mil casos e mais de 1.100 mortes.

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Os sintomas da doença são similares aos da gripe, além de gerar lesões cheias de pus. O maior risco de complicações são nas crianças, mulheres grávidas e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como pessoas que vivem com HIV.

Varíola dos macacos ou mpox?

Inicialmente, a mpox era chamada de varíola dos macacos. Isso porque o primeiro registro dela foi em colônias de macacos, em 1958. Ela foi detectada em humanos somente 12 anos depois, em 1970.

O surto mundial de 2022, porém, não tem relação alguma com os primatas. As transmissões identificadas foram atribuídas somente à contaminação por transmissão entre pessoas.

Foi por conta disso que a OMS iniciou um processo de consulta pública a fim de encontrar um novo nome para a doença, que tinha como consequência falso estigma e racismo. No processo, diversos órgãos consultivos foram ouvidos, até chegar ao termo “mpox” (do inglês, “monkeypox”).

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*Sob supervisão de Andréa da Luz

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