A Viradouro é a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro. Com o enredo "Viradouro de Alma Lavada", a escola de samba de Niterói se consagrou a vencedora do desfile do Grupo Especial pela segunda vez na história.
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A Viradouro foi a primeira a desfilar na Sapucaí, com um enredo em homenagem à quinta geração de lavadoras de roupa na Lagoa do Abaeté. A escola chamou a atenção desde a comissão de frente, em que a atleta da seleção brasileira de nado sincronizado Anna Giulia virava sereia e dava mergulhos de até um minuto em um aquário com 7 mil litros de água mineral.
A Viradouro havia sido campeã pela primeira vez em 1997. A decisão saiu no último quesito, a harmonia. Viradouro, Grande Rio e Beija-Flor haviam chegado empatadas até ali. A Grande Rio ficou em segundo, a Mocidade pulou para terceiro e a Beija-Flor acabou em quarto lugar.
Mudança nas regras
Neste ano, o título do Carnaval carioca foi disputado por 13 escolas de samba. A apuração começou por volta das 16h15, quando dirigentes de todas as agremiações estavam concentrados na Marquês de Sapucaí para a abertura dos envelopes.
Em 2020, a apuração do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro contou com novidades. No ano passado, cada quesito era avaliado por quatro jurados e a menor nota era descarada.
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Neste desfile, cinco jurados foram responsáveis por conceder nota nas nove categorias, sendo a maior e a menor nota desprezadas. Após reunião da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, ficou estabelecido que o primeiro critério de desempate seria o de harmonia, e o segundo, o de evolução.
Veja fotos do desfile da Viradouro, campeã do Carnaval carioca





Classificação final
1º Viradouro 269,6
2º Grande Rio 269,6
3º Mocidade 296,4
4º Beija-Flor 269,4
5º Salgueiro 269
6º Mangueira 268,9
7º Portela 268,8
8º Vila Isabel 268,6
9º Tijuca 267.6
10º São Clemente 267
11º Tuiuti 266,2
12º Estácio 264,7 (rebaixada)
13º União da Ilha 264,2 (rebaixada)
Confira a letra do samba da Viradouro
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!