Blumenau acompanha 144 crianças e adolescentes que sofreram violência sexual. Nesta quarta-feira (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o município revela o perfil dessas vítimas. A maioria é do sexo feminino, violentada na terceira infância e por familiares ou pessoas muito próximas.
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Quem faz o acompanhamento psicológico e social em Blumenau são os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Conforme a instituição, neste momento são 144 menores atendidos. Durante a pandemia, o município notou um aumento nas demandas dos Creas por conta de violações de direitos, mas ainda não há dados concretos para poder afirmar se o crescimento reflete também nos casos de violência sexual.
“Quanto ao agressor, costuma ser da família: pai, padrasto, tio. Ou outra pessoa próxima, amigo da família. A idade em que o abuso sexual se inicia geralmente é entre os 6 e 12 anos de idade; e de 8 a 12 anos costuma ser mais frequente (conforme dados do Brasil)”, explicou, em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social.
A violência sexual é a violação dos direitos sexuais, no sentido de abusar e explorar o corpo e a sexualidade de crianças e adolescentes. Portanto, a violência sexual pode acontecer de duas formas: pelo abuso sexual e pela exploração sexual.
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O abuso sexual acontece quando há a utilização da sexualidade de uma criança ou adolescente para a prática de qualquer ato de natureza sexual. Já a exploração está relacionada quando utiliza-se a criança ou adolescente para fins sexuais com a intenção de lucro, seja financeira ou de outras espécies, como objetos de valor e outros elementos de troca.
Comportamento
A coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs) em Santa Catarina, delegada de polícia Patrícia Zimmermann D’Ávila, explica que é importante que os pais fiquem atentos às mudanças comportamentais dos filhos, que podem indicar que eles estão sofrendo abusos.
— Geralmente as crianças e adolescentes não têm condições de denunciarem sozinhos os abusos sofridos. Muitas vezes eles são ameaçados pelos agressores e isso faz com que mantenham o silêncio, mas geralmente apresentam mudança comportamental ou alimentar e esta alteração chama atenção de pessoas próximas. Essas pessoas devem acolher a criança e procurar ajuda (denunciar) quando tiverem alguma suspeita que esteja ocorrendo o abuso — alerta a delegada.
Como denunciar abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes
- Pelo número 181 da Polícia Civil;
- Pelo WhatsApp da Polícia Civil, o (48) 98844-0011;
- Nas delegacias físicas ou online por meio de boletins de ocorrência;
- Pelo Disque 100;
- Conselho Tutelar: telefone de plantão: (47) 99977-9866;
- Polícia Militar: telefone 190;
- Polícia Rodoviária Federal: telefone 191;
- Para crimes na internet.
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