Uma reportagem do Jornal Nacional novamente colocou em pauta a violência e o tráfico de drogas em condomínio do programa Minha Casa Minha Vida em Blumenau. O material, veiculado nesta terça-feira à noite, retratou também os problemas enfrentados por proprietários de apartamentos em Criciúma. Nas duas cidades, moradores são agredidos e expulsos dos próprios imóveis por criminosos.

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A situação já foi alvo de operações em 2012, 2013 e 2014. Ano passado, conforme o Santa mostrou, ocorreu em setembro no Residencial Moradas das Nascentes, no bairro Progresso. A operação Lei e Ordem 4 reuniu 146 agentes no combate ao tráfico de drogas e resultou na prisão em flagrante de um homem com munição restrita às Forças Armadas e na apreensão de um adolescente.

::: Fraude, invasões e obras precárias maculam Minha Casa Minha Vida

O delegado Ronnie Esteves afirmou nesta quarta-feira que os condomínios são alvos de operações das policias Civil e Militar há alguns anos, mas diversas dificuldades ficam no caminho para conter efetivamente o crime nos residenciais. Ele conta que o número de denúncias é alto e todas são analisadas pela polícia, mas pouco é encontrado nas idas ao local:

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– É difícil identificar e confirmar as informações. Chegamos no condomínio e os suspeitos fogem, encontramos imóveis abandonados, apartamentos em que o morador já foi embora e alugou de forma irregular para outra pessoa. Não temos efetivo para organizar operações a toda hora também – explicou o delegado.

Para ele, a situação ainda é controlada, mas se algo não for feito os casos podem piorar. O caminho, segundo Esteves, seria uma ação conjunta com outros órgãos, como a prefeitura e a Caixa Econômica, para identificar os apartamentos abandonados, os moradores irregulares e controlar o fluxo de pessoas nos condomínios, pois muitas das denúncias são sobre moradores que nem estão nos registros do Minha Casa Minha Vida.

– Não são operações organizadas ou comandadas por um grande traficante. O que vemos são várias pessoas, jovens que vendem e consomem drogas. São pequenos pontos espalhados pelos condomínios que dificultam a ação, não tem como encontrar um líder da operação.

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