O relatório de Violência Contra os Povos Indígenas trouxe Santa Catarina como um dos estados com histórico hostil para índios no país. Lançado na última quinta-feira, 16, pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a pesquisa citou casos de assassinatos e ameaças à índios, e os processos de demarcação pendentes nas áreas indígenas em SC.
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De acordo com o relatório, 654 terras indígenas têm pendências administrativas para terem finalizados os seus procedimentos demarcatórios, 348 terras ainda nem tiveram o processo de demarcação iniciado. No Estado, quatro áreas seguem com pendências. Localizadas em Fraiburgo, Itapiranga, Palhoça e Garuva, as terras pertencem aos povos Guarani Mbya, Guarani Nhandeva e Kaingang.
Em SC, o relatório trouxe também o caso do bebê indígena morto em Imbituba no final do ano passado. Conforme classificou o Conselho, a morte de Victor Kaingang, de 2 anos, “configura uma síntese da dor e do sofrimento dos povos indígenas no Brasil”. O assassinato aconteceu no dia 30 de dezembro, em frente a uma rodoviária no Sul do Estado. No momento do crime, a criança era amamentada pela mãe.
Na região da Grande Florianópolis, o município de Palhoça configura uma área de conflito constante entre moradores da comunidade e índios. No relatório, o conselho afirma que desde 2012 a cacica da região do Morro dos Cavalos já sofreu seis atendados. Para colher os dados no Estado, o relatório usou a pesquisa Pesquisador do Núcleo de Estudos de Populações Indígenas (Nepi), Ricardo Verdum. Confira o relatório completo aqui.
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