Enquanto a maioria dos setores dá 2017 como encerrado, alguns ainda contam com os últimos dias do ano para aumentar o faturamento. Um deles é o de produção de espumantes. Depois de um período em que a venda de vinhos foi abaixo do esperado, a bebida que embala as festas de Natal e Réveillon veio para equilibrar. Estimativa do Sindicato da Indústria de Vinhos de Santa Catarina (Sindivinho) aponta para um alta de 20% nas vendas neste final de ano em comparação com 2016.

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Para Mauricio Grando, presidente do Sindivinho e dono Villaggio Grando, de Àgua Doce, a expectativa era de crescimento de até 35%, mas o resultado atual é considerado positivo. Nos últimos dez anos, as vendas tiveram um aumento médio entre 14% e 18%:

– Aquilo que o vinho não andou este ano, a espumante andou. O resultado não vem para salvar, mas sim para consolidar o mercado.

Na Vinícola Suzin, em São Joaquim, o espumante representa 30% da produção. Sem revelar números, o sócio-proprietário e presidente da Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude, Everson Suzin, afirma que o resultado deve ficar acima da expectativa:

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– Este ano está melhor. Em 2016, pegamos um período de desânimo na economia. Agora, vivemos uma retomada do crescimento, e isso pode ajudar.

Os mesmos resultados, entretanto, não se confirmaram na Vinícola Monte Agudo, também de São Joaquim. A empresa teve um final de ano considerado ruim pela diretora comercial, Patricia Ferraz. As vendas ficaram até 50% abaixo de 2017:

– As empresas que antes compravam para presentear clientes e funcionários optaram por outros produtos de preço menor. Isso reflete bastante a crise econômica.

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Última semana para buscar resultados

Até o final de semana, os produtores e vendedores de espumantes ainda esperam aumentar o resultado. Na Santa Adega, em Florianópolis, as vendas devem se igualar a 2016, segundo o dono do estabelecimento, Celso Ricardo Gromowski. Durante o ano, o crescimento mensal foi de 30% em geral. Até ontem os resultados de espumantes para Natal e Réveillon ainda estavam abaixo do esperado, mas ele conta com os próximos dias para melhorar os índices.

– Temos uma expectativa boa de vender nos próximos dias. Minha meta era ter um crescimento de 20%, mas não sei se vamos atingir. Talvez a gente chegue a 10%. Senti desse ano que a economia estava retomando, mas o pessoal ainda está deixando para a último hora e pensando bastante no custo-benefício na hora da compra – afirma o empresário.

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