Com festa e nos braços da torcida. Foi assim que Léo Moura, 37 anos, foi apresentado oficialmente nesta quinta-feira como novo jogador do Metropolitano. Torcedores e curiosos se aglomeravam na Praça Central do Neumarkt Shopping para ver de perto e ouvir as primeiras palavras do ex-atleta do Flamengo como novo reforço do Verdão. Camisas do Flamengo, do Metrô e de outros times e também da Seleção Brasileira coloriam o ambiente. Crianças, jovens, adultos, homens e mulheres, esperavam ansiosamente a chegada do novo camisa 10. Até o Vovó e Vovô Chopão estavam presentes.

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Todos aplaudiram e celebraram quando o moicano franzino, de 1,73m, apareceu no local.

– Estou muito feliz por este novo desafio. Vou buscar levar o nome do Metropolitano ao lugar mais alto. Espero contar com o apoio de vocês (torcedores), que é super importante – disse em breve apresentação

Ansioso para entrar em campo, conversou rapidamente com a imprensa. Por pouco mais de 20 minutos respondeu a questionamentos, antes de posar para fotos e distribuir autógrafos. Confira o que ele disse na entrevista a seguir:

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O Metropolitano é um clube jovem, tem 14 anos. Passa a ser um desafio? E por que o Metropolitano?

O desafio é grande. Todo lugar que fui jogar sempre fui um desafio. Agora, mais experiente, com 10 anos no Flamengo e passagem por outros clubes sei que esse desafio de fazer com que o Metropolitano seja campeão é grande, mas isso não vai acontecer comigo jogando sozinho. Quero a ajuda dos companheiros e o torcedor apoiando a equipe vai ser super importante. E a escolha pelo Metrô é porque foi apresentado um projeto que me deixou bastante satisfeito. O esforço que eles fizeram para me trazer para cá, acho que tenho que retribuir dentro de campo.

Qual foi o peso de o Valdir Espinosa ser o técnico do Metropolitano no desfecho dessa negociação?

Ele (Espinosa) é o cara que foi vitorioso, um cara especial e com experiência muito grande. Conhece bem esse lado aqui do país. Foi uma ótima escolha, sabe lidar desde os jogadores mais experientes aos mais novos. Espero junto com ele poder agregar ao Metrô e conseguir o que a gente almeja, que é ter sucesso e ser campeão.

Quando você acha que fica a disposição?

Domingo já. Quero jogar. Agora o Sidnei (Loureiro) já me deu a notícia que estou liberado para jogar (a documentação foi regularizada). Se eu pudesse, já ia hoje. Mas hoje não vai ser possível. Não vim para passear, vim para jogar. Eu já estou pronto.

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No Flamengo você levantou taça do Campeonato Carioca, da Copa do Brasil e demonstrou ser uma liderança dentro de campo. E para o Metrô você é um produto fundamental a sex explorado para fazer o clube crescer ainda mais. Você está pronto para esse desafio?

Estou pronto para tudo aqui. Vim pra cá para ajudar no que for preciso. Dentro de campo, fora de campo. Sou um cara que quando visto a camisa, visto pra valer e aqui não vai ser diferente. O que a diretoria decidir vou estar junto para ajudar com a minha experiência.

Nos mais de 500 jogos pelo Flamengo você jogou muitos clássicos. Você acaba de comentar que quer jogar domingo e o adversário será o Brusque, um clássico. Guardadas as proporções, está preparado para um jogo com o maior rival?

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Estou preparado. Jogar contra time rival é mais gostoso ainda. Vou entrar com muita vontade para poder dar continuidade ao bom momento. A gente sabe que não é fácil, mas nos próximos dias vou me preparar para domingo estar 100%.

Você ficou por muito tempo na lateral, mas na última temporada atuou no meio. Como foi a adaptação para jogar como meia depois de tanto tempo na ala?

Na verdade a minha posição de origem foi o meio-campo. Eu fui inventar essa história de ir para a lateral, em 2001. Até estava comentando lá no treino que chega de correr atrás de craque. Agora vou começar a jogar do meio pra frente. Foram mais de 10 anos na lateral, correndo atrás de atacantes velozes. Agora é uma nova etapa. Tive um período de adaptação, com quatro meses nos Estados Unidos e depois mais quatro meses na Índia, com o Zico, que me deu vários toques. Vim para cá para fazer história, não vim a passeio.

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O futebol catarinense cresceu muitos nos últimos anos e o Estadual é um dos mais equilibrados do país. O que você espera do Catarinense em questão de nível técnico, projetando o Metrô na competição?

Sei que não vai ser fácil. O crescimento das equipes de Santa Catarina tem mostrado que esse vai ser um campeonato muito equilibrado, que a nossa equipe vai ter que se preparar muito para chegar onde a gente almeja. Acho que dentro de um campeonato tão difícil é mais questão de preparação e concentração. O Metrô pode chegar, com respeito aos adversários, lógico, mas em jogos em casa a gente tem que matar, tem que vencer, e fora buscar pontos. Assim que a gente vai chegar.

Você ainda não entrou em campo, mas por toda essa movimentação e a presença da torcida aqui, dá para pensar em uma renovação para o segundo semestre?

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A gente tem que ir passo a passo. Quero primeiro estrear, jogar bem. Mostrar que todo esse forço que fizeram valeu a pena. Quando chegar no final do campeonato a gente possa sentar e falar. Agora é muito cedo para isso. Quero dar o primeiro passo, que é colocar o meu futebol em prática. E eles gostarem também, né? O torcedor tem que gostar, a torcida tem que gostar, o grupo tem que dizer valeu pra poder ter uma continuidade.