Vilfredo Schürmann é um homem do mar. E nem é preciso conhecer a história de suas aventuras para perceber isso. Basta ouvi-lo falar sobre a imensidão azul para perceber seu rosto se iluminar num sorriso. Prestes a embarcar em mais um desafio, ele falou ao Sol Diário sobre as expectativas para a nova expedição e sua relação com Itajaí.

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Quais as expectativas da Família Schürmann para esta nova aventura?

Estamos trabalhando nela há alguns anos, estamos muito animados porque é a terceira volta ao mundo da família, um projeto de cinco anos de trabalho. A embarcação é feita em Itajaí, e me dá muita satisfação levar o nome da cidade, de Santa Catarina e do Brasil para o mundo.

Quais os maiores desafios dessa expedição?

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Vamos passar pela Antártica, pelo Cabo Horn, que é um dos mais difíceis, pelo Cabo das Tormentas, na África, vamos para a China, para o Japão, navegar pelo Rio Mekong, no Vietnã, e em cada lugar há um desafio. Mas uma das partes mais difíceis será o Estreito de Drake, entre a América do Sul e a Antártica. É uma passagem de 400 milhas (643 quilômetros), realmente difícil pelas condições do mar.

O que é mais difícil: as condições do mar ou a convivência no veleiro?

Tem que ter uma tripulação escolhida, saber exatamente a função de cada um, mas a convivência entre as pessoas, num barco pequeno, também é um desafio.

Esta vai ser a primeira viagem após a morte da Kat. Como vocês se prepararam psicologicamente para conviver com a falta dela?

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A Kat vai estar conosco no nome do barco, foi uma homenagem que fizemos para ela. Espiritualmente, ela vai estar conosco e sempre está. O sorriso dela permanece conosco.

Como Itajaí se encaixa nessa nova aventura?

É a primeira vez que vamos partir de Itajaí. A cidade é um polo náutico, e com a Volvo Ocean Race e as outras regatas que estão vindo, a família Schürmann quis estar em Itajaí. O barco está na cidade e toda nossa estrutura também.