Nem sempre a água chega às casas no topo da Vila Jensen, na Itoupava Central. Em comparação com anos anteriores a situação está bem melhor, mas ainda há dias em que o fornecimento só é restabelecido de madrugada. Quando isso ocorre, Juliana do Nascimento conta que, para aproveitar o recurso, se levanta às 3h e lava a roupa acumulada, antes de sair para o trabalho, às 6h30min. Ela afirma que as faltas d’água ocorrem mais em dias de calor e aos fins de semana, quando o abastecimento dura cerca de duas horas até ser interrompido novamente.

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Ainda na lembrança a época em que a família ficava três dias seguidos sem água, Juliana e o marido planejam comprar uma segunda caixa de 510 litros. Outra medida que adotaram foi reaproveitar a água da chuva para lavar a calçada. Mesmo enfrentando escassez, ela diz que a conta não para de subir:

– Antes era R$ 35 e esse mês veio R$ 107. Estou apavorada.

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Desde junho, Erisvaldo Cândido mora na casa do lote 27, cujos antigos moradores foram personagens em reportagem do Santa de 8 de fevereiro do ano passado sobre a rotina de quem enfrenta a falta d’água. Cândido explica que o problema ainda é quase diário e só se normaliza durante a noite. No seu caso, é amenizado por uma caixa de mil litros, que armazena água para o dia todo:

– Se não tiver caixa, passa o dia sem tomar banho.