Um abraço carregado de alívio. Assim Franciele Fonseca resume o aperto que deu no irmão, Clederson Fonseca, 39, ao vê-lo sair da cooperativa de crédito assaltada em Ilhota na manhã desta terça-feira (29). Ele é vigilante na agência e foi rendido ao chegar ao trabalho, por volta das 7h30min. Além do homem, outros cinco funcionários foram feitos reféns pela dupla de bandidos. Eles se entregaram por volta das 10h40min.

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Franciele veio de Itajaí ao ser avisada pela cunhada, Josilene Fonseca. A esposa de Clederson soube por uma vizinha que o local onde o marido trabalha estava sendo roubado. Ligou para a família e correu para o endereço, no Braço do Baú. Junto com a cunhada, ficou no cordão de isolamento feito pela Polícia Militar e esperou. Primeiro, os suspeitos liberaram uma grávida. Depois, outra mulher. Restavam então as outras quatro vítimas, entre elas o vigilante.

Depois de três horas de crime e duas de negociação, a dupla abriu a porta e se entregou. Quando viu o marido, pai dos dois filhos, de cinco e nove anos, Josilene respirou aliviada.

Josilene e o marido. (Foto: Patrick Rodrigues, Santa)

— Foram momentos de terror. Ele trabalha há três anos como vigilante, sabemos dos riscos, mas foi angustiante. Ele só me abraçou e disse que estava tudo bem — conta a esposa.

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Segundo a PM, o vigilante manteve contato com as equipes para ajudar na negociação. A dupla pediu um celular, coletes à prova de bala e a imprensa. O Bope de Florianópolis foi acionado, assim como outras equipes da região. Sem necessidade de uso de força, a polícia algemou os suspeitos para entregá-los à delegacia de Blumenau.

Duas armas foram apreendidas na agência e dois malotes de dinheiro que estavam com a dupla foram recuperados. A quantia ainda não foi contabilizada. Ninguém se feriu.

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