O vigilante voluntário George Zimmerman foi preso e acusado de assassinato em segundo grau pela morte do jovem negro Trayvon Martin, informou nesta quarta-feira a promotora especial Angela Corey. Continua depois da publicidade Zimmerman atirou contra Martin, de 17 anos, durante uma briga em um bairro da cidade de Sanford, na Flórida. A polícia deteve Zimmerman após o incidente, mas o vigilante não ficou preso. – Hoje apresentamos a acusação contra George Zimmerman por assassinato em segundo grau – disse Corey em entrevista coletiva. – Confirmo que Zimmerman está efetivamente sob prisão. O caso Martin alimenta um vivo debate nos Estados Unidos sobre as relações raciais e o direito a autodefesa. Zimmerman matou Martin com um tiro no peito, em uma rua de um bairro fechado onde o pai do jovem negro visitava uma amiga. Continua depois da publicidade O vigilante não foi detido logo após o crime por alegar legítima defesa, baseado na lei permissiva da Flórida sobre o uso de armas que permite aos cidadãos usar força letal contra qualquer pessoa que represente séria ameaça. A morte de Trayvon Martin desatou a ira da comunidade afro-americana e provocou um duro debate nacional que envolveu o presidente Barack Obama e congressistas negros. – É preciso destacar que não foi acusado com base na pressão da opinião pública ou de petições. Foi acusado com base nos fatos e em função das leis do Estado da Flórida – destacou Corey. Os advogados de Zimmerman “têm o direito de solicitar sua liberdade sob fiança…”, segundo a promotora. Continua depois da publicidade Em entrevista coletiva organizada mais cedo em Washington por iniciativa da National Action Convention, a mãe e o pai de Martin, Sybrina Fulton e Tracy Martin, haviam manifestado sua confiança no sistema judicial americano. Fulton disse que “os últimos 44 dias foram um pesadelo”, mas destacou “acreditar na justiça”. Tracy Martin revelou que “como pai que perde um filho é muito difícil manter a cordura”, mas salientou o apoio que a família recebe de todos. Durante o evento, o subprocurador-geral Eric Holder disse que “se encontrarmos evidência de um potêncial crime contra os direitos civis tomaremos as medidas apropriadas”. Continua depois da publicidade Holder destacou que os investigadores do departamento de Justiça viajaram a Sanford para se reunir com a família Martin, assim como com residentes e autoridades locais. – “Em todas estas reuniões, escutamos cuidadosamente suas preocupações e enfatizamos que o departamento realizará uma revisão profunda e objetiva das provas – revelou Holder.
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