Mais uma escola estadual foi interditada pela Vigilância Sanitária de Joinville. Agora, são três fechadas pelo órgão na cidade. Desta vez, foi a Escola Marli Maria de Souza, no bairro Paranaguamirim, na zona Sul. Com pouco mais de 2 mil alunos, a escola é a maior estadual de Joinville.

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Por enquanto, os estudantes não sentirão o baque porque estão de folga até quarta-feira – para esta quinta e sexta está marcado conselho de classe; na terça, é feriado do Dia do Trabalhador. Os problemas da escola, diz a fiscal Lia Renata Abreu, são os mesmos de 2007 e 2010, quando o prédio também foi interditado.

Entre as deficiências apontadas pela vigilância estão goteiras, infiltrações, paredes rachadas, água acumulada na laje, fiação exposta e desencapada nas salas de aula e pisos estufados.

– Espanta o fato de serem os mesmos dos anos anteriores. Ou seja, maquiaram a obra, conseguiram liminar (as reaberturas da escola se apoiaram em decisões judiciais, nos dois anos) e não se resolveu nada -, criticou Lia.

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A fiscal disse que a denúncia partiu de pais de alunos.

– A chuva só mostrou que a situação continua. A água que fica empoçada na laje tem de ser retirada com mangueira. Até o pátio estava completamente alagado.

A Gerência Regional de Educação (Gered) foi informada da interdição à tarde. Nesta sexta, a gerente Heliete Steingräber se reunirá com o secretário regional, Bráulio Barbosa, para definir a situação.

Como os alunos retornariam na quarta, a Gered acredita que, se precisar, conseguirá transferi-los a outra escola. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville, os pais devem ser avisados da decisão ainda nesta sexta.

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Agora são três

Outras duas escolas estaduais seguem interditadas em Joinville. Uma é a Monsenhor Scarzello, no Itaum, que a SDR admite não ter condições de reabrir e não esconde a vontade de municipalizar. Outra é a Francisco Eberhardt, em Pirabeiraba, que teve o edital para reforma lançado nesta semana.

Duas escolas fechadas em dezembro – a Plácido Olímpio de Oliveira, no Bom Retiro, e a Maria Amin Ghanem, no Aventureiro – estão abertas. Nos dois casos, o Estado não conseguiu decisões judiciais favoráveis e teve de negociar reformas com o órgão municipal. Lia Abreu afirmou que verificou nesta quinta novas irregularidades no prédio da Maria Ghanem, liberado na terça, que podem levar a uma nova interdição.