Uma comunidade terapêutica de Jaraguá do Sul foi fechada na segunda-feira, durante uma vistoria realizada pela Vigilância Sanitária, em parceria com o Comen (Conselho Municipal de Entorpecentes), Conselho Tutelar e Polícia Civil. A vigilância alega que a Comunidade Terapêutica Vida Nova, no bairro Ilha da Figueira, apresentava irregularidades nas condições de higiene.

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A instituição oferecia tratamento para crianças e adolescentes dependentes de álcool e drogas. Nove menores de idade, entre 12 e 17 anos, foram encaminhados para as famílias.

A assistente de vigilância em saúde, Nilceane Costa, comenta que a comunidade foi interditada no dia 29 de abril pelo mesmo motivo. Dias antes, uma equipe do órgão realizou uma vistoria depois que o Conselho Municipal de Entorpecentes recebeu denúncia sobre a situação da entidade. Segundo ela, a água utilizada era considerada imprópria para consumo e que a manipulação das refeições servidas aos internos era realizada por pessoa não capacitada.

Nilceane também afirma que as atividades físicas eram realizadas sem o acompanhamento de um responsável técnico e que não havia uma pessoa para supervisionar as tarefas domésticas realizadas pelos adolescentes. Ela diz que o responsável deveria ter fechado o estabelecimento até a realização das adequações e encaminhado imediatamente os internos para as famílias. Mas quando os profissionais voltaram, a tarja de interdição havia sido retirada e a comunidade continuava funcionando.

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Os conselheiros levaram os adolescentes à Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso e acionaram as famílias. Foi registrado um boletim de ocorrência contra o responsável pela casa de reabilitação por descumprimento de determinação da autoridade de saúde.

O diretor da comunidade terapêutica, Arsanjo Colaço, diz que as irregularidades alegadas pela Vigilância Sanitária não são verdadeiras. Ele afirma que a casa conta com uma equipe técnica completa, que supervisiona todas as atividades diárias realizadas.

Em relação à água, explica que a entidade passou a ser atendida com água tratada ainda no dia da primeira visita da equipe, pois até então a captação era feita diretamente da nascente do morro, que sempre foi considerada potável. Segundo Arsanjo, o pedido de implantação da rede foi feito ao Samae em fevereiro. A Comunidade Terapêutica Vida Nova funcionava no antigo Parque Aquático Krause.

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Na manhã desta terça-feira, o Conselho Tutelar informou que três dos nove adolescentes aguardavam a chegada das famílias, que moram e outras cidades. Os outros seis já haviam sido buscados por familiares ou responsáveis.