Cerca de quatro toneladas de lixo hospitalar foram encontradas em um galpão na Estrada Geral Morro do Cruzeiro, em São Ludgero, no Sul do Estado, durante uma vistoria de rotina da Vigilância Sanitária do município.
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Fiscais da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) foram até o local nesta quarta-feira e decidiram autuar e embargar a empresa responsável que, além de apresentar irregularidades no armazenamento, não tem licença para receber lixo hospitalar.
– Constatamos uma embalagem plástica vermelha na qual tinha uma seringa descartável. Abrimos o pacote e nos deparamos com uma quantidade enorme de lixo hospitalar – conta o fiscal da Vigilância Sanitária, Gilson Martins.
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As instituições que fizeram o descarte também serão autuadas por contratar uma empresa sem certificação. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e para a Polícia Civil, que vai investigar a presença de mais envolvidos.
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– Encontramos seringa descartável, até agulha. Hoje é um dos materiais que pode contaminar o solo, transmitir doenças como hepatite e tantas outras. Estamos com a Polícia Civil, a Ambiental e a Fatma no caso, não vamos adiantar nada sem ter uma conclusão final – completou Martins.
As equipes de vigilância sanitária ainda procuram uma empresa certificada para retirar o lixo do local. A maior preocupação é com o alto risco de contaminação.
– Estamos suscetíveis a doenças contagiosas e doenças de vírus e bactérias, que estão presentes em resíduos dos hospitais de grande porte. Sem dúvida, quem está manipulando esse lixo corre risco de contágio. É um problema bem sério de saúde pública. Há mais de 10 anos temos uma legislação específica para a destinação final desse tipo de lixo. É uma situação que coloca todos em risco – disse a enfermeira fiscal regional de Braço do Norte, Eliane Cristina Martins, que também esteve no local.
A advogada do proprietário do galpão esteve no local conversando com as autoridades ambientais, de saúde e segurança pública, e apontou que os contratos da empresa com os hospitais previam apenas o recolhimento de lixo reciclável e que o dono do local não tinha conhecimento do descarte de lixo hospitalar.
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