A Vigilância Sanitária de Balneário Camboriú confirmou denúncias de irregularidades no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Os problemas na unidade vão desde estruturais à materiais vencidos, o que pode colocar em risco a saúde dos funcionários. Um relatório com todas deficiências apontadas, será apresentado nesta terça-feira ao IML.

Continua depois da publicidade

O documento, conforme a Vigilância Sanitária, também vai especificar um prazo para o IML de Balneário Camboriú se regularizar. Um fiscal da vigilância esteve na unidade para apurar caso nesta segunda. Na semana passada, o local foi alvo de denúncias a respeito das más condições. Um fiscal esteve no local na ocasião, mas como o endereço foi informado errado, a vistoria só foi feita nesta segunda.

Entre os problemas verificados pela vigilância estão infiltrações, fiação exposta, ausência de sabonete líquido na pia e luvas e jalecos descartáveis vencidos. Como não foram consideradas tão graves, não houve a necessidade de a unidade ser lacrada. O alvará sanitário estava em ordem.

O diretor administrativo e financeiro do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina, André de Farias, informou ontem que o órgão desconhecia a denúncia sobre o IML de Balneário Camboriú. Mesmo assim, adiantou que o caso dos materiais vencidos pode estar relacionado à má gestão.

Ele explica que em muitos casos material com validade expirada acabam armazenados nos IMLs, mas isso não quer dizer que não existam produtos em dia para uso dos funcionários. À respeito dos problemas na estrutura do prédio, Farias explicou que a sala utilizada fica nos fundos de um prédio da Polícia Civil, por isso seria necessário uma manutenção em conjunto. Tão logo receba a notificação, a diretoria do IGP deve se manifestar sobre as providências a serem tomadas.

Continua depois da publicidade

Outros IMLs passam pro problemas

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe) está atento a denúncias similares em outros IMLs do Estado. Por conta disso, um dossiê está sendo montado para apresentar à direção do IGP.

Diretor de saúde e segurança do trabalhador do Sintespe, Sebastião Amorim, conta que o principal problema das unidades é a falta de pessoal. Mas muitas sofrem com equipamentos sucateados, estruturas precárias e materiais vencidos.

No próximo dia 17, a categoria está sendo convocada para um ato em frente ao Centro Administrativo do governo estadual para reivindicar melhorias. Além dessas, os trabalhadores também lutam pelo direito ao adicional de insalubridade.