Implantada há 10 meses, a medida que prevê a atuação de vigilantes nos terminais urbanos de Blumenau foi suspensa. O pagamento de R$ 141 mil referentes aos meses de setembro e outubro, que deveria ser feito pelo Consórcio Siga à V.F. Segurança Privada, do Grupo Vigifort, não foi efetuado no prazo estipulado.
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De acordo o gerente geral da empresa de segurança, Levi Sens Júnior, a suspensão do serviço ocorreu às 19h de segunda-feira. Ele explica que a quantia de R$ 80 mil, 57% do valor total da dívida, seria quitada pelo Siga até o dia 30 de novembro mas como apenas R$ 17 mil foram oferecidos pelo Consórcio à empresa, a decisão foi suspender o trabalho dos 12 funcionários que monitoravam os terminais da cidade.
– Na verdade, a situação ficou insustentável para nós. A prefeitura de Blumenau tinha um compromisso com a gente, feito em reunião há 15 dias, mas não cumpriu e por este motivo estamos decepcionados. É lamentável para nós e para toda a população de Blumenau – desabafa.
O presidente do Seterb, Carlos Lange, confirma o cancelamento do serviço de segurança. Ele ressalta que na segunda-feira à noite o Consórcio Siga entrou em contato com o comando da Polícia Militar solicitando rondas regulares pelos terminais urbanos de Blumenau durante o período em que os locais ficarão sem vigilância privada.
– O Siga está buscando novos fornecedores e quer regularizar o serviço o mais rápido possível. A prioridade da intervenção no Consórcio foi na manutenção dos serviços e na garantia dos pagamentos para evitar paralisações no transporte coletivo – comenta sobre o atraso de pagamento da segurança.
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Ainda de acordo com Lange, as negociações com a V.F. Segurança Privada devem ocorrer para que os pagamentos possam ser efetuados o quanto antes.
Segundo a empresa de segurança todos os funcionários tiveram os pagamentos quitados, mas com o acúmulo da dívida a empresa enfrenta problemas de receita. Para receber o valor dos últimos meses, a V.F. Segurança Privada já acionou o setor jurídico da empresa para resolver a questão por meios legais.
Relembre
No dia 16 de janeiro deste ano motorista e cobrador foram agredidos dentro do Terminal do Aterro. Cerca de um mês depois, no dia 10 de fevereiro, os aparelhos de ventilação da estação de pré-embarque da Rua 7 de Setembro, no Centro, ficaram danificados após um coquetel molotov ser jogado no local. Oito dias depois, em 18 de fevereiro, uma cobradora também foi agredida, dessa vez dentro de uma estação de pré-embarque localizada na Avenida Beira-Rio.
A sensação de insegurança dos funcionários do transporte coletivo resultou em uma paralisação de 48 horas naquele mês. Nenhum ônibus circulou nos dias 23 e 24 de fevereiro. O serviço só foi normalizado quando, após reuniões entre o Seterb, o Consórcio e o sindicato da categoria, o Sindetranscol, a autarquia definiu sete ações para garantir mais segurança aos trabalhadores. Entre elas estava a contratação de 12 vigilantes – dois para cada terminal – que passariam a atuar individualmente e desarmados. A medida começou a vigorar no dia 26 de fevereiro.
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No dia 17 de novembro, a V.F. Segurança Privada, do Grupo Vigifort, ameaçou suspender o serviço de vigilância nos terminais urbanos de Blumenau. Após conversa entre Siga e empresa no dia 18 de novembro o Consórcio se comprometeu a pagar R$ 80 mil, 57% da dívida, referente aos pagamento parcial de setembro e total de outubro até o dia 30 de novembro.