A Divisão de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) recebeu na manhã desta quinta-feira 22.400 doses da vacina BCG, que imuniza bebês recém-nascidos contra a tuberculose. Desde novembro, a divisão tem tido problemas no fornecimento das vacinas já que alguns lotes vem abaixo do necessário para cobrir a demanda.

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De acordo com a gerente de imunização da Dive, Vanessa Vieira da Silva, a cota enviada pelo Ministério da Saúde foi um pouco menor do que a esperada, mas dia 20 de julho uma nova remessa deve ser enviada ao Estado. Segundo ela, as cotas mensais são de 35 mil e pelo menos 30 mil dessas são usadas para a cota básica mensal. A partir de segunda-feira os postos de saúde de todo o Estado começaram a receber as doses para a imunização.

Os pais que colocaram seus filhos em listas de espera da BCG serão avisados por telefone para se encaminhar aos postos de saúde para imunizar seus filhos. Segundo Vanessa, não há crianças no Estado com mais de 20 dias que não tenham tomado a dose da vacina.

– Quando recebemos um novo lote, usamos para primeiro imunizar as crianças que estão na lista de espera. Depois imunizamos as que estão nascendo e só depois começamos outra lista. Acreditamos que com mais essa segunda, tiraremos todas os bebês da lista de espera e iremos conseguir regularizar a situação.

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Cada frasco é suficiente para vacinar 10 recém-nascidos, mas depois de abertos eles têm duração de seis horas. Por isso os gestores são orientados para agendarem a aplicação para otimizar as doses.

Segundo o Ministério, o fornecimento da vacina foi prejudicado no início do ano, porque o laboratório Fundação Athaulfo de Paiva (FAP), que produz a vacina BCG no Brasil, oferecida ao SUS, teve um problema no mês de dezembro com o processo produtivo, com a intermitência no abastecimento da água e a adequação às exigências para a Certificação de Boas Práticas de Produção.