A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) emitiu um alerta na última terça-feira para orientar funcionários de saúde do Estado caso eles precisem atender pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus Ebola.
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O documento informa que as vigilâncias epidemiológicas, assim como os serviços de saúde públicos e privados devem ficar em alerta aos casos suspeitos da doença em pessoas procedentes de áreas afetadas como Guiné, Serra Leoa e Libéria, países da África Subsaariana. Desde o início do ano 1.427 pessoas morreram em decorrência do vírus no continente africano.
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A Dive também determina por meio da nota de alerta que todo caso suspeito seja imediatamente notificado a vigilância epidemiológica do município e, simultaneamente, a gerência regional de saúde e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Para que posteriormente o órgão informe a Secretaria de Estado da Saúde e o Ministério da Saúde.
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A coordenadora estadual de Combate a Infecções, Ida Zoz, frisa que a possibilidade de surgir algum contaminado em Santa Catarina é remota.
– A expectativa é que venha um contaminado. Isso se vier a ter – disse Ida.
Conforme o infectologista da unidade de resposta rápida da Dive, Fábio Gaudenzi de Faria, os hospitais escolhidos como referência para tratar pacientes com Ebola em Santa Catarina são o Governador Nereu Ramos e o Joana de Gusmão (infantil), ambos em Florianópolis.
Segundo Faria, o único equipamento de proteção individual (EPI) que as unidades não possuem é uma espécie de máscara de acrílico. Mas conforme o médico, esse equipamento não é essencial, já que há o óculos e a máscara convencional. Os funcionários dos hospitais devem passar por treinamento nos próximos dias, de acordo com Fária.
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As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) serão as responsáveis por fazer o transporte de pacientes com suspeita de vírus de qualquer cidade do Estado para Florianópolis. De acordo com o infectologista, o transporte poderá ser feito via ambulância, por meio das UTIs móveis, ou em avião.
– O Samu foi escolhido por já ser o órgão responsável no Estado pelo transporte de pacientes independente deles estarem com doenças infectocontagiosas ou não – esclarece Faria.