om a chegada do verão no próximo dia 21, a população precisa redobrar os cuidados no combate à dengue. Relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina aponta que Jaraguá do Sul ocupa a sexta posição no número de casos confirmados da doença entre os 295 municípios do Estado neste ano: foram oito confirmações e 23 focos do mosquito. No ano passado, foram 18 focos da larva e nenhum caso de dengue. As que têm maior registro são: Florianópolis (45), Itajaí (24), Chapecó (21), Joinville (21) e Blumenau (16).

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Para prevenir a doença, a Vigilância Epidemiológica vai contratar seis novos agentes de endemias no próximo mês, reforçando o trabalho de campo contra a disseminação do aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Hoje, o programa conta com uma equipe de 11 funcionários.

O coordenador do programa de combate a dengue, Augusto Poffo, lembra que todos os pacientes pegaram a doença fora do Estado e afirma que situação está dentro da normalidade, mas é preciso ficar alerta principalmente no calor, quando o mosquito encontra condições mais favoráveis para se reproduzir.

– É preciso tomar cuidado com tudo que pode virar pequenos depósitos de água parada e limpa, como vasos, pneus e entulhos – comenta Poffo.

Um dos trabalhos realizados é a instalação de armadilhas para identificar as larvas do mosquito. Os agentes de endemias colocam artefatos feitos com pedaços de pneus em áreas em que ele costuma se reproduzir, como transportadoras, ferros-velhos e lojas de materiais de construção.

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A cidade conta com 550 armadilhas instaladas na área urbana, em 200 pontos estratégicos. Se foram confirmadas larvas do aedes aegypti, os servidores visitam todas as casas e comércios num raio de 300 metros do foco para orientar sobre a prevenção.

A equipe também realiza palestras e distribui informativos em escolas e associações de bairros, além de uma ação nos cemitérios na época de Finados. Poffo diz que o fato de a cidade ser industrial e receber muita matéria-prima de fora pode facilitar o contágio. Além disso, muitos moradores costumam viajar para estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que estão entre os que têm maior número de casos da doença.

POPULAÇÃO ESTÁ MAIS CONSCIENTE

A agente de endemias Laureci Kanzler trabalha há dez anos na área e diz que a população está mais consciente sobre os cuidados para evitar a doença. Ela faz a implantação de armadilhas e trabalha no laboratório onde são analisadas as larvas coletadas, para saber se é aedes aegypti ou outra espécie.

– Os moradores também estão mais receptivos com os agentes. Antes a gente tinha mais dificuldade de entrar nas casas e fazer o trabalho de orientação – afirma.

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Sintomas da dengue

Febre alta (entre 39 e 40º);

Dor de cabeça;

Dores nas articulações;

Falta de apetite;

Fraqueza;

Vômitos;

Manchas na pele (pode haver coceira);

Náusea e diarreia

Como se proteger

Lixo

– Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada. Não jogue em terrenos baldios;

– Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água;

– Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana.

Plantas e jardins

– Encha os pratinhos dos vasos de planta com areia até a borda;

– Pratinhos de plantas sem areia devem ser lavados com sabão uma vez por semana;

– Com plantas aquáticas, troque a água e lave o vaso com sabão uma vez por semana.

Caixas d’ água, calhas e lajes

– Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje;

– Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;

– Mantenha a caixa d’ água sempre fechada com tampa adequada.

Tonéis e depósitos d’ água

– Mantenha bem tampados tonéis e barris d’ água;

– Lave semanalmente com sabão os tanques utilizados para armazenar a água;

– Lave com escova e sabão os utensílios usados para aguardar água em casa.

Fonte: Vigilância Epidemiológica de Jaraguá do Sul