O Serviço de Vigilância em Saúde alerta para cuidados após aparecimento de 11 macacos mortos com suspeita de febre amarela em Joinville, conforme divulgou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC).
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Pirabeiraba, Rio Bonito, Serra Dona Francisca, Piraí, Parque Guarani e Santo Antônio tiveram registros de macacos mortos. Dos 11 macacos encontrados, três estão em investigação, seis casos são indeterminados e dois foram descartados.
Segundo Henrique Deckmann, gerente da Vigilância em Saúde, a morte dos macacos é um alerta para que a população procure a proteção pela vacina. “O macaco é nossa sentinela. Se ele for encontrado morto é uma indicação de que precisamos nos proteger. 181.360 pessoas ainda precisam se vacinar contra a febre amarela na cidade”, destacou. Joinville atingiu apenas 61,68% da meta. O ideal é chegar aos 95%.
– Em São Paulo, tivemos a vacinação de 85% da população e ainda registraram óbitos. A vacina é o único modo de prevenção e precisamos chegar aos 95%. É a única forma de proteger a população – conclui.
Nicoli dos Anjos, coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental, informa que, apesar de o vírus ser transmitido por um mosquito silvestre, toda a população deve se vacinar, pois os macacos encontrados mortos por suspeita de febre amarela estavam próximos de regiões urbanas.
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– Como temos regiões de mata dentro da cidade, todos devem se vacinar, principalmente na região de Pirabeiraba, onde tivemos uma morte por febre amarela confirmada – alerta Nicoli.
O maior agravante é o registro de óbito pela doença. Não eram registrados casos desde 1966.
– Temos 50.000 doses disponíveis nas 56 unidades de saúde. A população deve procurar a unidade mais próxima e se vacinar – informa Deckmann. Em Joinville, seis pessoas tiveram suspeita de febre amarela. Cinco casos foram descartados e um autóctone, quando foi registrada uma morte pela doença dentro do município, em março deste ano.
Como proceder ao observar algum macaco doente ou morto
Os moradores próximos de áreas de mata devem comunicar imediatamente a Vigilância Ambiental pelo telefone de plantão (47) 9.8911.0851 caso observem algum macaco doente ou morto. Também está disponível para contato o número 3432.2337, das 7 às 18h30. O animal não deve ser tocado.
Os macacos não devem ser capturados ou feridos, pois eles não são os responsáveis pela transmissão, e são também vítimas da doença. No meio urbano, o agente transmissor do vírus é o mosquito Aedes aegypti – o mesmo da dengue, zika vírus e febre chikungunya – que contamina pessoas que não estão vacinadas. A transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypt não é registrada desde 1942.
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A orientação da Secretaria da Saúde é que as pessoas que não se vacinaram contra a febre amarela que busquem uma das 56 unidades básicas de saúde para a imunização. O público alvo são pessoas de 9 meses até 59 anos.