Depois do acidente da família Lui em um toboágua de um parque aquático de Joinville, em dezembro de 2011, os cuidados nunca foram tão grandes antes de se deliciar em piscinas privadas e de terceiros. Como garantia de segurança, neste início de ano, a Vigilância Sanitária começa nesta semana a vistoria pelos parques aquáticos. Por enquanto, ainda não chegaram reclamações e nem denúncias aos fiscais. Mas, em caso de irregularidades, os estabelecimentos podem ser parcialmente ou até totalmente interditados.
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Desde o acidente que marcou suas vidas, os membros da família Lui, de Joinville, não pisam mais em um parque aquático e nem em uma praia. Em dez de dezembro de 2011, quando a família passava o dia no Parque Aquático Cascata do Piraí, a estrutura de fibra de um toboágua se soltou quando eles desciam juntos à piscina. As marcas deixadas nos corpos impedem que atividades comuns de lazer venham a ocorrer.
– Meu marido (Marcos Lui) ainda sente muita dor e precisa tomar remédio. Afetou o psicológico da minha filha (Graziele) e meu genro (Samuel Silveira) não pode voltar a trabalhar – lamenta dona Marizete Lui, 44 anos, que não desceu no toboágua, mas viu a família inteira sofrer.
Marcos Lui, 48, precisou reconstituir parte das pernas e das nádegas. Até hoje sente muita dor. Os custos da família com medicamentos é de aproximadamente R$ 200 por mês. A filha Graziele Lui, 26, também teve ferimentos nas pernas. O genro Samuel Silveira, 32, perdeu parte da região dos calcanhares. Dois sobrinhos de Marizete também se feriram e precisaram passar por cirurgias.
– Minha filha faz terapia, terá que passar por novas cirurgias em fevereiro. E meu marido precisou voltar a trabalhar de qualquer jeito, para não ficar pensando besteira em casa – lamenta Marizete.
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A família teve o apoio de amigos que realizaram rifas e uma macarronada para arrecadar dinheiro para as cirurgias.
A família processa a administração do parque judicialmente, mas o julgamento ainda não foi marcado. A administração do parque foi procurada, mas não retornou as ligações.
Fiscalização
Para evitar que novos acidentes, medidas já estão sendo tomadas para esta temporada de verão. Para aqueles que não querem ou não podem ir à praia, os parques aquáticos sempre são ótimas opções. Mas é preciso atenção. A partir desta semana a Vigilância Sanitária percorrerá os parques de Joinville.
De acordo com o fiscal sanitarista Arildo Pereira, ainda não chegaram denúncias de irregularidades à Vigilância nesta temporada de verão.
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– A minha expectativa é encontrar os parques na mais perfeita ordem – afirma.
A questão estrutural será avaliada, assim como as áreas de lanchonete e restaurantes dos parques, além da qualidade da água das piscinas.
– Se tivermos dúvida em alguma questão estrutural, vamos pedir ao dono do estabelecimento que apresente o laudo do responsável técnico, um engenheiro, que garanta as condições de segurança – explica o fiscal.
Se o local ou algum equipamento colocar em risco à população, ele pode ser interditado.
– Isso vai depender do grau de risco. E a manutenção será exigida – complementa Pereira.