O túmulo de João Acácio Pereira da Costa, conhecido popularmente como “Bandido da Luz Vermelha”, um dos criminosos mais famosos do Brasil, viralizou nas redes sociais após um tanatopraxista mostrar o local em um cemitério de Joinville. Morto em 1998, a ficha criminal de João inclui quatro mortes e 77 assaltos.
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Localizado no cemitério municipal São Sebastião, no bairro Iririú, o túmulo tem pisos brancos nas laterais e está com sinais de abandono, incluindo vasos quebrados, pedras e mato. Os itens, conforme Bruno Tanaro, que gravou o vídeo, devem ter sido deixados por “fãs” anos atrás.
— Bem descuidado, parece que ninguém vem aqui faz muito tempo — aponta.
Fotos do túmulo do “Bandido da Luz Vermelha” em Joinville
No vídeo, Bruno cita, inclusive, que já havia visitado o local anteriormente e o túmulo mudou pouco desde então. O vídeo publicado por ele no Instagram teve 5,8 mil curtidas e mais de 120 comentários.
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Bandido da Luz Vermelha foi assassinado com um tiro de espingarda na cabeça dentro de um bar de Joinville, em janeiro de 1998. O crime aconteceu no bairro Cubatão e foi executado por um pescador da região Leste da cidade. À época, o criminoso havia deixado a prisão há cerca de quatro meses após ter cumprido pena de 30 anos por assassinatos e assaltos que cometeu em São Paulo nos anos 1960.
Conforme relatos de jornais que cobriram o caso, Luz Vermelha morava de favor na casa de seu assassino há cerca de dois meses e foi morto após entrar em uma briga com o irmão do pescador, que o acusou de ter assediado sexualmente sua mãe e a esposa.
Em 2004, seis anos após matar Luz Vermelha, o pescador, denunciado por homicídio qualificado, foi absolvido sob a sustentação de legítima defesa.
Quem era o Bandido da Luz Vermelha
João Acácio Pereira da Costa ficou conhecido como Bandido da Luz Vermelha após entrar para a vida do crime, na década de 1960. Nascido em Joinville em 1942, ele foi morar em Santos (SP) ainda na adolescência, e passou a assaltar casas na capital paulista. Ele costumava invadir os imóveis de madrugada, com um lenço no rosto e carregando uma lanterna de lente vermelha, o que lhe rendeu o apelido, dado em alusão a outro criminoso norte-americano chamado pela mesma alcunha.
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Apesar de costumar ser tratado como serial killer, o Bandido da Luz Vermelha cometeu “apenas” quatro assassinatos de vítimas que teriam resistido aos roubos. No entanto, respondeu a processo por outras sete tentativas de homicídio e mais de 70 assaltos.
A história do criminoso teve reflexos também na cultura, ao inspirar o filme O Bandido da Luz Vermelha, lançado em 1968 e dirigido pelo catarinense Rogério Sganzerla. A música Rubro Zorro, da banda Ira!, também faz alusão ao assaltante, que teve a biografia contada no livro “Famigerado! — A História de Luz Vermelha, o bandido que aterrorizou São Paulo”, escrito pelo jornalista Gonçalo Júnior.
Preso em 1967, João Acácio cumpriu pena, foi solto 30 anos depois e morava em Joinville, sua cidade natal, quando foi assassinado com um tiro de espingarda em 5 de janeiro de 1998.
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