Um tamanduá-mirim flagrado na Avenida XV de Novembro, no Centro de Joaçaba, no Meio de Santa Catarina, enquanto atravessava a rua durante a noite. O momento foi registrado em vídeo por uma pessoa que passava pelo local e divulgado nas redes sociais.
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Não se sabe ao certo a data em que foi realizada a gravação, mas as imagens têm chamado a atenção dos moradores nessa semana. Nelas é possível ver o animal, também conhecido por tamanduá-de-colete devido a pelagem, passeando pela via. Em certo momento, ao perceber a presença de alguém, ele para e abre os braços.
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Conforme explica a 3º sargento PM Gabriela Loregian, da Polícia Militar Ambiental de Joaçaba, essa reação é adotada por ele para defesa, quando se sente ameaçado. Segundo ela, na verdade, o tamanduá senta-se sobre as pernas traseiras e cauda, abrindo as patas dianteiras para mostrar as garras. A intenção é intimidar o possível agressor.
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— Como é possível observar no vídeo que circulou nas redes sociais, esses animais podem ser considerados alvos fáceis para caça e captura ilegal por serem lentos; contudo, em nenhum aspecto representam ameaça aos seres humanos e desempenham papéis ecológicos fundamentais. Atropelamentos, destruição de habitats e ataques de animais domésticos contribuem ainda mais para a redução das populações de tamanduás — destaca a sargento.
Assista ao passeio do tamanduá-mirim
O tamanduá-mirim é a única, entre as quatro espécies de tamanduás, de ocorrência natural em Santa Catarina e sua presença na região do Meio-Oeste do Estado é considerada comum, segundo a Polícia Militar Ambiental. No entanto, no Sul do país, ele está em “risco crítico de extinção” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
— Apenas no Rio Grande do Sul o estado de conservação da espécie é considerado vulnerável — pontua Loregian.
Nada ameaçador
O tamanduá é um mamífero nativo da Mata Atlântica brasileira. Apesar de ser visto com frequência em áreas urbanas, seu habitat natural são as áreas de floresta. Ele é solitário e costuma ser mais ativo à noite.
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É um animal arborícola, ou seja, que vive nas árvores, onde caça e se abriga. Suas grandes garras, que podem assustar quem as vê, servem para escavar cupinzeiros e formigueiros, já que sua alimentação é baseada em cupins e formigas.
O que fazer ao ver um tamanduá
Apesar de parecer que está “pedindo um abraço”, na verdade o animal está tentando afastar quem se aproxima. O correto, segundo a policial militar ambiental, é não tentar capturá-lo e deixar que siga em frente, a menos que esteja correndo algum tipo de perigo.
— Recomenda-se que, ao avistar um animal silvestre na área urbana, a população não tente manipulá-lo. Apenas observe e, em caso de ferimentos no animal ou se ele estiver impossibilitado de se locomover sozinho ao entrar em propriedades particulares, comunique os órgãos ambientais. Lembramos também que é proibida a caça ou captura de animais silvestres nativos, sendo passível de responsabilização criminal e administrativa — pontua.
Mascote Lekinho
O tamanduá-mirim é o mascote da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina. O Lekinho, um ursinho de pelúcia na forma do tamanduá, é usado nas atividades de educação ambiental que a polícia desempenha com crianças e adolescentes do Programa Protetor Ambiental, onde exemplares são entregues aos participantes.
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