Em funcionamento desde novembro de 2011 na Justiça gaúcha, o Grupo Reflexivo de Gênero (vídeo acima) já recebeu 120 homens envolvidos em processos judiciais por agressões contra mulheres em menos de três anos, com apenas um caso de reincidência. Reunidos em uma sala no quinto andar do Foro Central de Porto Alegre, eles são tratados coletivamente em terapia, cuja finalidade é fazer com que os agressores compreendam os crimes que cometeram e não voltem a agir com violência. A maioria frequenta por ordem do juiz.
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Nos encontros, os homens são convidados a falar e trocar experiências entre si, sob orientação da psicóloga e mediadora judicial Ivete Machado Vargas, 47 anos. Ela faz intervenções pontuais e estimula os envolvidos a refletir sobre os motivos de estarem ali. A juíza Madgéli Frantz Machado, do 2º Juizado de Violência contra a Mulher, acompanha os grupos e faz visitas periódicas.
Em 2014, as mulheres também passaram a ser atendidas nos mesmos moldes. O tratamento de homens agressores está previsto na Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, mas apenas Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins cumprem a determinação no Brasil, além do Rio Grande do Sul. O objetivo da Justiça gaúcha é que o grupo seja levado para outras comarcas e que se institucionalize. Se você quer conhecer mais, ligue para (51) 3210-6668, ou escreva para frpoacentvdfam@tj.rs.gov.br e frpoacent2jvdfamm@tj.rs.gov.br.