VÍDEO: rio em Florianópolis rompe após fortes chuvas e moradores relatam forte cheiro

A barra que separava o Rio do Brás do mar, em Canasvieiras, rompeu na tarde desta segunda-feira (19) mais uma vez. O caso acontece apenas 14 dias após a prefeitura de Florianópolis fechar o local – que estava danificado pelo alto volume de chuva das últimas semanas no Estado.

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“É um processo natural que acontece sempre que há chuva em excesso. Isso acaba ajudando a escoar a água para o mar e diminuir o volume de água que invade ruas de Canasvieiras e Vargem Grande”, explicou a Defesa Civil.

Com a água desembocando no mar, não deve haver nenhuma alteração nas ruas no entorno, segundo o órgão. No entanto, moradores da região afirmam que há cheiro de esgoto no bairro. Recentemente, a Casan foi multada pelo despejo de esgoto irregular no rio.

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O biólogo Paulo Horta explica porque o desembocar do rio pode ser muito preocupante na contaminação do oceano.

— O Rio do Brás representa um de muitos de nossos rios poluídos por décadas, com um saneamento básico deficitário. Com essa negligência histórica, o acumulo de contaminantes e de organismos patogênicos transformaram o rio que era fonte de vida, em fonte de problemas. Podemos [também] estar falando de diversas substâncias tóxicas que foram se acumulando no fundo do rio — comenta Horta.

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O especialista ainda alerta que “não é seguro do ponto de vista sanitário” utilizar a região – em que o rio desembocou no mar de Canasvieiras – para banho. Segundo ele, há risco de gastroenterites, doenças de pele, micoses, leptospirose e até hepatite A.

A assessoria da prefeitura de Florianópolis afirmou que “está acompanhando” a situação da cheia no local, bem como das chuvas na cidade. Ainda de acordo com o órgão, assim que a chuva der trégua, “será feita análise da ação a ser feita no local”.

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Veja vídeo do rompimento no Rio Brás

Histórico do Rio do Brás

Em 2018, uma estrutura que encerrou a ligação entre o rio e o mar foi construída no local. A ação foi feita pela prefeitura para atender a uma necessidade específica do rio na época. Desde então, segundo a administração municipal, não foram feitas alterações na foz do Rio do Brás.

A condição do Rio do Brás preocupa e já foi alvo de investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela poluição.